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“Tomás Correia é da mesma escola de Ricardo Salgado”

O comentador Luís Marques Mendes mostrou-se muito crítico do gestor do Montepio. Por outro lado, chamou “revolução” aos novos preços dos passes sociais – o único problema é o desbragado “eleitoralismo”.
17 Março 2019, 21h01

“O mesmo estilo, as mesmas habilidades, é a mesma escola”, disse o comentador social-democrata Luís Marques Mendes na espécie de oráculo que mantém semanalmente na SIC, falando sobre Tomás Correia, do Montepio Geral, que comparou a Ricardo Salgado, antigo dirigente do Banco Espírito Santo.

Sobre a matéria, Marques Mendes disse ainda que “o Governo cumpriu o que tinha prometido e está de parabéns” ao ter avançado com uma solução que permitirá o controlo da idoneidade do gestor pela autoridade dos seguros.

Marques Mendes queixou-se, por outro lado, das palavras que o padre Vítor Milícias proferiu em relação ao “secretariozeco” de Estado – que considerou absolutamente deselegantes e indefensáveis.

Quanto aos novos passes sociais, Marques Mendes chamou-lhes “uma verdadeira revolução”, dada a redução “brutal” dos preços, que irá ter “um impacto político” de grande envergadura. Não se poupando a esforços, Marques Mendes preparou uma série de exemplos práticos, através dos quais – “nas contas que me fizeram” – o antigo líder do PSD se congratulou com a iniciativa do Governo de António Costa.

Em todos os casos, “é muito dinheiro”, disse Marques Mendes, rendido aos meios de transportes públicos que, a partir de abril, serão significativamente mais baratos. “As pessoas vão virar-se mais para os transportes públicos”.

Mas há um senão: “é a medida mais eleitoralista que eu vejo dos últimos 10 ou 15 anos”. “É uma medida justa e necessária e na direção certa, mas brutalmente eleitoralista”, disse, para afirmar ainda que “o interior” fica mais uma vez para trás”.

Marques Mendes descobriu outros ‘eleitoralismos’ durante a semana, nomeadamente no que tem a ver com o roteiro da saúde. Lançado pelo primeiro-ministro António Costa. Descobrindo evidências de que o Serviço Nacional de Saúde está a ser morto, “não se compreende as cativações de Mário Centeno”. São elas que “estão a matar o SNS”, referiu. “O SNS é a maior conquista da nossa Revolução e um dos dois instrumentos para ajudar a combater as desigualdades sociais”, disse o social-democrata.

Marques Mendes referiu-se ainda ao ‘fogo’ entre PS e os partidos que suportam o Governo no Parlamento. “O Bloco está em desespero”, disse, por causa das sondagens, que lhe dão um resultado muito fraco. Mendes afirmou que está convencido que o Bloco não irá para p próximo Governo.

Atribuindo aparentemente a vitória nas próximas eleições ao PS, Marques Mendes “mais depressa levaria para o Governo o PCO que o Bloco de Esquerda”. Um governo com o Bloco e o PS “é ficção científica”.

Mas antes disso, há eleições para o Parlamento Europeu e nesse particular, “a lista do PSD” é surpreendentemente boa. Único senão: o facto de o PSD Açores não estar presente. “Estas eleições europeias não ser umas primárias das legislativas”, disse o analista do PSD.

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