Iniciaram-se esta segunda-feira os debates legislativos para as eleições de dia 18 de maio. A abrir os debates estiveram Paulo Raimundo, pela CDU, e Luís Montenegro, pela AD.
O tema de abertura foi o caso da empresa de Luís Montenegro, que esteve presente nas moções de censura apresentadas pelos partidos, nomeadamente pelo PCP. Luís Montenegro referiu que iria “responder a todas as dúvidas que me forem colocadas”, contudo salienta que “não posso ser responsabilizado por exercer as minhas funções políticas sem ter tido interferência de interesses privados”.
Já Paulo Raimundo referiu que “aquilo que se passou é completamente incompatível com as funções políticas”, sublinhando que caso Montenegro seja reeleito primeiro-ministro pelos portugueses, não “nos tirava o facto objetivo, que é que perante o que já é conhecido, Montenegro tinha de se demitir”.
Passando a temas cruciais para o país, os dois políticos discutiram o tema da saúde, nomeadamente o facto de o Governo passar hospitais para parcerias público-privadas. “Está demonstrado que em situações especificas é possível que dentro do SNS a gestão privada possa ter melhor resultados. Entendemos que o SNS é a trave mestre do sistema de saúde, mas devemos aproveitar aquilo que temos dentro da SNS para exponenciar a sua capacidade”, declarou Montenegro.
Paulo Raimundo defende que “é uma opção ideológica transferir uma parte do Orçamento da saúde para os privados”. Na análise do candidato pela CDU o grande problema do SNS “é a falta de profissionais. Temos de dignificar as carreiras, aumentar salários, temos de conseguir ir buscar profissionais ao privado. Temos de tomar medidas, ou se investe no SNS, ou então vamos continuar a transferir recursos públicos para ‘fazer negócios’”.
Outro dos temas debatidos foi a defesa, um tema que tem sido predominante nos últimos tempos. Contudo as opiniões dos dois partidos diferem. Com Paulo Raimundo a afirmar que “não precisamos de construir armas nem bombas, precisamos de construir comboios, produzir medicamentos”. Enquanto Montenegro refere que “os nossos compromissos com os investimentos na área da defesa, são necessários para nos precavermos a nós próximos”.
O próximo debate televisivo acontece às 22h desta segunda-feira, entre Chega e PAN. Já amanhã debate PS frente ao BE e Chega com Livre.
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