Tesla: vendas caem mas ações aceleram suportadas no otimismo na administração

As entregas de carros e as receitas da operação da Tesla caíram, de forma acentuada, no primeiro trimestre. Ainda assim, a administração da empresa continua otimista e as ações estão a valorizar antes da abertura de Wall Street.

A construtora automóvel liderada por Elon Musk publicou os resultados do primeiro trimestre de 2025 após o encerramento da sessão de terça-feira em Wall Street. Os números indicam contrações de 9% nas receitas para 19,3 mil milhões de dólares e de 13% nas entregas de veículos, até aos 337 mil unidades, fruto de uma redução sobretudo nas vendas do Model Y.

Ainda assim, de acordo com uma análise da corretora XTB, publicada durante a manhã desta quarta-feira, a administração da Tesla “continua otimista quanto às perspetivas e aos próximos lançamentos”. Isto porque foram mantidos os planos de lançamento de modelos de baixo custo (os chamados low cost) no primeiro semestre, assim como a colocação de robôs Optimus nas fábricas da companhia em 2026.

Ora, este otimismo pode ser um fator decisivo para a subida na capitalização de mercado que a empresa está a registar em Wall Street, no período de after hours. É que, depois de uma subida de 4,60% durante a sessão de terça-feira, as ações estão a valorizar 6,59% fora das horas de negociação, até aos 253,57 dólares.

Peso das chinesas do setor cresce de forma significativa

Com o grau de competição no mercado de carros elétricos em forte alta, a China continua a ganhar quota de mercado, ao mesmo tempo que a Tesla perde terreno. Em 2024, os players daquele países venderam mais de metade dos veículos elétricos ao redor do mundo. Destaque para a BYD, que surge no topo do volume de vendas, atrás do grupo Volkswagen (líder do mercado) e da própria Tesla.