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O império de Trump contra-ataca e põe em risco o mundo

A eleição de Donald Trump já provocara fissuras nas políticas de ESG. Fundos e empresas globais estão a rasgar os compromissos com o ambiente e a promoção de igualdade entre as pessoas. Até o FMI é acusado pela Casa Branca de ter objetivos ideológicos. O Papa Francisco defendeu sempre esta agenda, com a sua morte o mundo perdeu um forte aliado.
24 Abril 2025, 08h33

Na “casa comum” de Francisco, homens e mulheres responsabilizam-se entre si e protegem a natureza e o planeta. O conceito remonta a 2015, foi apresentado na carta encíclica “Laudato Si’, onde Jorge Mario Bergoglio levanta o desafio ambiental e a sustentabilidade, num apelo ao diálogo para o combate às ameaças e causas da exclusão e desigualdade.

“A economia assume todo o desenvolvimento tecnológico em função do lucro, sem prestar atenção a eventuais consequências negativas para o ser humano. A finança sufoca a economia real. Não se aprendeu a lição da crise financeira mundial e, muito lentamente, se aprende a lição do deterioramento ambiental”, escreveu, recolocando o assunto no centro da agenda global.

Também por causa, deste impulso do Vaticano, nos últimos anos tornou-se evidente a aceleração das práticas ESG (Environmental, Social and Governance), mas esse compromisso dá agora sinais evientes de perda de força. A BlackRock é uma das protagonistas deste revés. Em janeiro, em vésperas do regresso de Donald Trump à Casa Branca, a maior gestora de ativos do mundo rompeu com a iniciativa Net Zero Asset Managers (NZAM), que surgiu em 2020 para apoiar investidores na mitigação de riscos financeiros no âmbito das alterações climáticas.

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