O Clube de Produtores Continente (CPC), fundado em 1998, comprou 624 milhões de euros à produção nacional para distribuir nas lojas Continente, em 2024.
Isso traduz-se em mais de 270 mil toneladas de produtos frescos, desde frutas e legumes, talho, charcutaria e queijos, peixaria, padaria e pastelaria. “Na Região Autónoma da Madeira, as compras do CPC aos produtores locais atingiram os sete milhões de euros, representando mais de três mil toneladas de produtos”, salienta o clube.
Este clube, que tem como um dos seus objetivos apoiar os produtores nacionais e valorizar os produtos portugueses, tem 365 membros em todo o país e na Madeira.
“O CPC apoiou em 2024, direta e indiretamente, cerca de 15 mil pessoas, através de mais de 200 mil hectares de área produtiva. O número de produtores tem crescido anualmente a dois dígitos, tendo registado o maior aumento em 2024, com destaque para o crescimento dos produtores de carne de origem nacional”, refere o clube.
A presidente do CPC, Ondina Afonso, considerou que os resultados de 2024 “refletem o compromisso contínuo” do CPC com a produção nacional.
“Os produtores nacionais enfrentam atualmente desafios imensos, desde as mudanças climáticas até às exigências de inovação tecnológica e é com grande orgulho que os apoiamos, fortalecendo as economias locais e garantindo igualmente que os consumidores tenham acesso a produtos frescos, de origem nacional, provenientes de sistemas de produção mais sustentáveis”, acrescentou Ondina Afonso.
O clube destaca ainda que a produção e o consumo sustentável fazem parte das suas principais preocupações, estando alinhados com os objetivos da Organização das Nações Unidas (ONU), com a estratégia Europeia do Prado ao Prato e com o Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050 do Ministério o Ambiente e da Transição Energética.
“Neste sentido, desenvolvemos regularmente iniciativas de formação e capacitação na implementação das melhores práticas produtivas, como a agricultura regenerativa e agroecologia, aposta na incorporação de matérias-primas certificadas com origem sustentável, e promove a biodiversidade nas explorações agrícolas, entre muitas outras iniciativas, com o objetivo de apoiar os produtores no cumprimento das metas previstas pela Comissão Europeia”, refere o clube.
A isto juntam-se outras iniciativas, como a plataforma ‘Feira do Desperdício”, desenvolvida em 2023, que tem como objetivo “promover o aproveitamento do desperdício gerado nos produtores, através do impulsionamento de parcerias entre produção – indústria – retalho, que possam desenvolver projetos de inovação e circularidade”.
Esta iniciativa já levou ao desenvolvimento de produtos como o Folar de Carne de Fumeiro, “feito com excedentes de enchidos e fumados não comercializáveis (por uma questão de gramagem), que juntou os produtores Pão de Gimonde e Salsicharia da Gardunha”.
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