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Tarifas continuam a condicionar à medida que mercados reagem às contas empresariais

A época de resultados está a decorrer e as tarifas comerciais implementadas pelos EUA não deixam de ser um dos fatores mais significativos, na perspetiva dos mercados. Ao mesmo tempo, é notório o impacto das contas de determinadas gigantes empresariais.
30 Abril 2025, 18h02

A incerteza que é notória no comércio à escala global está a impactar as contas das empresas, sobretudo no que diz respeito às expetativas para o futuro, em plena época de resultados.

No continente europeu, os resultados foram desapontantes para gigantes como a LVMH e ASML, cujas cotações de mercado caíram 8% e 5%. Depois de um primeiro trimestre amplamente positivo nas bolsas europeias (ao contrário do observado em Wall Street), o pico atingido em março pelo índice de referência Euro Stoxx 600 foi contrariado por uma queda de 10% desde então.

Os números são assinalados por uma análise da Generali Investments, partilhada com as redações. Os especialistas lembram que, até ao momento, “não conseguimos estimar o dano que as tarifas vão causar no crescimento global”, pode ler-se.

A contrastar com os dados citados, o anúncio do governo da Alemanha sobre um plano novo fiscal e um pacote de investimento em Defesa representaram um forte estímulo aos mercados europeus, notado sobretudo na bolsa de Frankfurt. Em causa estão sinais de que aqueles dois fatores vão fazer acelerar a economia.

Situação distinta do outro lado do Atlântico

Nos EUA, a situação foi substancialmente diferente. Os primeiros três meses ficaram marcados por um grau de instabilidade superior, fruto da aplicação de tarifas. Uma estratégia de risco assumida pela administração liderada por Donald Trump, que levanta receios de que a economia norte-americana pode entrar em recessão.

De resto, os dados conhecidos nesta quarta-feira indicam uma crescimento negativo de 0,3% na economia dos EUA durante o primeiro trimestre.

Os analistas citados na análise apontam para uma subida homóloga de 6% nas receitas por ação, o que significaria números inferiores aos atingidos no quarto trimestre de 2024 e uma desilusão face à expetativa de crescimento que rondava os 11% no início do ano.

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