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Ciclone Idai causa mais de 500 mortes em Moçambique

O número de mortos provocados pelo ciclone Idai e as cheias que se seguiram subiu para 501, anunciaram este sábado as autoridades moçambicanas.
30 Março 2019, 11h07

O número de mortos provocados pelo ciclone Idai e as cheias que se seguiram subiu para 501, anunciaram este sábado as autoridades moçambicanas. O último balanço, apresentado pelo centro de operações de socorro na cidade da Beira, acrescenta mais oito vítimas mortais desde sexta-feira, numa altura em que foi dada como concluída (desde quinta-feira) a fase de salvamento e resgate.

Já o número de casos de cólera detetados na cidade da Beira subiu para 271, anunciou Ussene Isse, Diretor Nacional de Assistência Médica de Moçambique, no mais recente balanço divulgado ontem. Entre quinta e sexta-feira “foram detetados 132 casos, 90 no bairro da Munhava”, detalhou, no que classifica como “um surto” que já tinha sido previsto pelas autoridades, depois do ciclone Idai e das cheias que se seguiram no centro do país.

O número de casos de cólera na cidade da Beira tem crescido de dia para dia: na quarta-feira foram reportados oficialmente os primeiros cinco casos e no dia seguinte a contagem subiu para 139. Ussene Isse referiu que não há mortes confirmadas por cólera. “Estamos em prontidão máxima do ponto de vista da vigilância”, que está a ser instalada noutros pontos da região centro de Moçambique, acrescentou.

A doença é propagada através de água e alimentos contaminados e o risco aumentou devido às inundações e à destruição de infraestruturas provocada pelo ciclone.

A Organização das Nações Unidas (ONU) vai dar início, na quarta-feira, a um programa de vacinação oral contra a cólera naquela zona, prevendo a administração de 900 mil unidades. Numa outra iniciativa, o Estado português iniciou na sexta-feira uma campanha dirigida à comunidade portuguesa com um lote de 600 unidades.

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