A Comissão Europeia vai apresentar hoje, 6 de maio, um novo pacote de medidas para reduzir a dependência energética da Rússia. O objetivo é deixar de ter gás natural russo no bloco comunitário em 2027, naquela que é mais uma tentativa de tentar romper os laços com a Rússia, outrora um dos maiores fornecedores de energia da União Europeia.
O plano da Comissão Europeia propõe a entrada, em junho, de uma proposta que proíba todas as importações deste combustível (gás natural e gás natural liquefeito) em novos acordos com a Rússia, mas também nos contratos já existentes.
A UE já impôs sanções ao carvão russo e às remessas marítimas de petróleo, mas não ao gás, devido à oposição da Eslováquia e da Hungria, que recebem gás por gasoduto da Rússia e afirmam que mudar de fornecedor aumentaria os preços da energia. As sanções exigem aprovação unânime dos 27 países da UE.
Cerca de 19% do gás da Europa ainda vem da Rússia, por meio do gasoduto TurkStream e de remessas de GNL, um valor bastante abaixo dos cerca de 40% que a Rússia fornecia antes de 2022. No entanto, compradores europeus ainda possuem contratos de “take-or-pay” com a Gazprom, o que exige que aqueles que recusam entregas de gás paguem por grande parte dos volumes contratados.
Ao tentar cortar laços energéticos mantidos há décadas com a Rússia, a Comissão Europeia sinalizou disposição para comprar mais GNL dos EUA — um passo que o ex-presidente Donald Trump havia exigido da Europa como forma de reduzir o défice comercial com os Estados Unidos.
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