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Novo Papa criticou políticas de Trump antes de ser eleito

O tema das críticas tem sido sempre sobre as políticas de imigração da Casa Branca.
epa12084646 Newly elected Pope Leo XIV, Cardinal Robert Francis Prevost from the USA, greets faithfuls from the central loggia of Saint Peter’s Basilica, Vatican City, 08 May 2025. EPA/FABIO FRUSTACI
9 Maio 2025, 15h20

O novo Papa criticou políticas de Donald Trump antes de ser eleito. O norte-americano Robert Prevost chegou mesmo a criticar o vice-presidente dos Estados Unidos (EUA), JD Vance, ele próprio um católico.

“JD Vance está errado: Jesus não nos pede para hierarquizar o nosso amor pelos outros”, escreveu em fevereiro o então cardeal nas redes sociais.

Leão referiu-se às declarações do vice-presidente dos EUA numa entrevista, onde defendia as políticas de imigração da Casa Branca; perante as críticas de que foi alvo, JD Vance aconselhou a leitura do Ordo Amoris, ou a ordem do amor, um conceito cristão: “a ideia de que não existe uma hierarquia de obrigações viola o senso comum”, de acordo com a “Associated Press”.

Antes de ser eleito Papa, a sua última publicação referia-se a um episódio envolvendo, novamente, as políticas de imigração de Donald Trump. Republicou um artigo de um bispo nascido em El Salvador onde era questionado: “Não veem o sofrimento? A vossa consciência não foi afetada? Como podem ficar quietos?”. A frase dizia respeito à deportação de um homem Kilmar Abrego Garcia para El Salvador, que tinha uma ordem judicial para não ser deportado por receios de ser alvo de organizações criminosas, mas que acabou por ser deportado pelas autoridades.

Mas há partilhas de mais críticas lá atrás. Em 2015, antes de Trump ser eleito pela primeira-vez, Robert Prevost partilhou uma opinião do “Washington Post” intitulada: “Porque é que a retórica anti-imigrante de Donald Trump é tão problemática”.

Após a sua eleição em 2016, Leão partilhou uma homilia pelo arcebispo de Los Angeles José Gomez onde se lia: A América é “melhor do que isto”, em referência ao medo sentido por muitos, incluindo crianças, por receio de o Governo “deportar os seus pais, em qualquer momento”, segundo a “AP”.

Em setembro de 2017, após Trump ter assumido o cargo, partilhou uma publicação da Irmã Helen Prejean a dizer que a ativista “apoia todos os Dreamers [imigrantes que chegaram em crianças aos EUA e que continuam sem documentos] e todas as pessoas que estão a trabalhar para um sistema de imigração que é justo e moral”.

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