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Legislativas. Rui Rocha desafia Pedro Nuno a clarificar se admite acordos com PCP e BE

Em declarações aos jornalistas durante uma visita a uma exploração agrícola no concelho do Cartaxo, distrito de Santarém, Rui Rocha foi questionado se partilha das declarações do ex-líder da IL João Cotrim Figueiredo que, esta manhã, criticou dirigentes do PS por considerarem que os partidos de direita são todos “farinha do mesmo saco”.
O líder da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, intervém durante a sessão plenária de discussão do programa de Governo, na Assembleia da República, em Lisboa, 11 de abril de 2024. JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA
11 Maio 2025, 17h18

O líder da IL desafiou este domingo o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, a clarificar se admite acordos com o BE e PCP após as eleições, considerando que são partidos que estão fora do espetro democrático.

“No caso hipotético, improvável – e que, na verdade, não vai acontecer, mas creio que temos de ser transparentes -, como é que se relaciona com o PCP? Como é que se relaciona com o BE, que quer trazer medidas como os tetos às rendas que vão trazer ainda menos soluções para o mercado de arrendamento, que falharam em todo o lado?”, perguntou.

Em declarações aos jornalistas durante uma visita a uma exploração agrícola no concelho do Cartaxo, distrito de Santarém, Rui Rocha foi questionado se partilha das declarações do ex-líder da IL João Cotrim Figueiredo que, esta manhã, criticou dirigentes do PS por considerarem que os partidos de direita são todos “farinha do mesmo saco”.

O líder da IL, Rui Rocha, afirmou que essas posições do PS traduzem, “por um lado, desespero, porque quem tem soluções para o país foca-se mais nas soluções” e, por outro, “representa também alguma infantilidade democrática”.

“É evidente que quem tem bom senso na avaliação das questões percebe que as propostas sobre a mesa de partidos como a IL e de outros são completamente diferentes”, disse, contrapondo que também poderia dizer que Mariana Mortágua, Pedro Nuno Santos e Paulo Raimundo “são farinha do mesmo saco”.

“Não faço essa afirmação porque percebo as diferenças. Há uma área do socialismo, chamemos-lhe assim, que é democrática, há uma outra área que não é democrática e não se revê em princípios de organização democrática da sociedade: quer planeamento central, soluções de partido único, soluções que, quando foram testadas, levaram à tragédia”, disse.

Rui Rocha acusou Pedro Nuno Santos de “incluir no mesmo saco soluções completamente diferentes”, no que se refere à direita, voltando a considerar que isso se trata de uma “infantilidade democrática”, porque “uma coisa é ele entender que tem uma visão política diferente”, outra é misturar projetos.

“E Pedro Nuno Santos dá-se bem, e fez a negociação da ‘geringonça’ com Mariana Mortágua, com Paulo Raimundo, ou com quem estava no PCP antes de Paulo Raimundo e no poder no BE antes de Mariana Mortágua. É isso que Pedro Nuno Santos deve escolher”, desafiou.

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