Tarifas de 10% deve ser a nova norma nos Estados Unidos, afirma secretário do Comércio

Tarifas nos 10% pode ser a nova norma por parte dos Estados Unidos, admitiu o secretário do Comércio, Howard Lutnick, em entrevista a um programa do canal televisivo CNN.

“Esperamos ter uma tarifa base de 10% em vigor num futuro próximo. Mas não compre o argumento tolo de que serão os consumidores norte-americanos a pagar [essa tarifa]”, disse o governante norte-americano no programa da CNN, State of the Union.

Howard Lutnick continuou a explicar que os negócios têm como objetivo “vender os seus produtos aos consumidores norte-americanos”, e afirmou que os produtos que são produzidos no mercado doméstico “não vão ter essa tarifa”.

Refira-se que o presidente dos Estados Unidos tinha anunciado no início de abril a aplicação de tarifas a vários parceiros comerciais. Contudo a 9 de abril a administração norte-americana anunciou uma pausa de 90 dias nas tarifas, baixando as tarifas para um mínimo de 10%. Contudo tal não se aplicou à China sobre a qual incidiu tarifas superiores a 100%. Perante isto a China respondeu ao aplicar tarifas também superiores a 100% aos Estados Unidos.

Esta semana os Estados Unidos e a China chegaram a um acordo que prevê uma pausa nas tarifas por 90 dias. As tarifas norte-americanas à China passaram de 145% para 30% e as tarifas das China para os Estados Unidos baixaram de 125% para 10%.

Na semana passada tinha sido anunciado o acordo entre o Reino Unido e os Estados Unidos, que prevê a eliminação ou a redução das tarifas que estavam em vigor. As tarifas no setor automóvel baixaram dos 27,5% para os 10%, taxa que abrange um máximo de 100 mil carros britânicos exportados para os Estados Unidos. Acima dessa quota aplica-se 27,5% de tarifas, sublinha a BBC. Contudo existe isenções para os motores Rollys-Royce e para componentes para o setor da aviação que são exportados do Reino Unido para os Estados Unidos. Foi eliminada a tarifa de 25% para aço e alumínio, contudo existe uma quota sobre a qual recai essa isenção de tarifa. O Reino Unido eliminou a tarifa de 20% à carne norte-americana, aumentando a quota abrangida por essa isenção para as 13 mil toneladas métricas.