[weglot_switcher]

Médio Oriente: Israel anuncia “extensa” nova ofensiva sobre a faixa de Gaza

De acordo com a agência de notícias norte-americana AP, o comunicado das forças armadas de Israel surge para pressionar o Hamas a concordar com os termos do acordo de cessar-fogo proposto por Israel.
Atef Safadi/Reuters
18 Maio 2025, 15h29

O governo de Israel anunciou hoje o lançamento de “extensas” novas operações na faixa de Gaza, um dia depois do início de uma nova ofensiva no território palestiniano de mais de dois milhões de pessoas.

De acordo com a agência de notícias norte-americana AP, o comunicado das forças armadas de Israel surge para pressionar o Hamas a concordar com os termos do acordo de cessar-fogo proposto por Israel.

No texto, os líderes militares israelitas dizem que o exército matou dezenas de combatentes palestinianos e atingiu mais de 670 alvos em ataques preliminares durante a semana passada, mas os funcionários de instalações médicas dizem que o número de mortos está nas centenas.

Nos últimos dias, Israel lançou ataques generalizados em Gaza e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu uma nova escalada para prosseguir o seu objetivo de destruir o Hamas, no enclave.

Os líderes árabes, reunidos na 34.ª cimeira anual em Bagdade (Iraque), declararam no sábado que procuram alcançar um cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, prometendo contribuir para a reconstrução do território assim que a guerra terminar.

Entretanto, o presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, transmitiu também no sábado ao seu homólogo palestiniano que Espanha fará “tudo o que estiver ao seu alcance para pôr fim à barbárie” na Faixa de Gaza.

À chegada à Liga Árabe, em Bagdad, Pedro Sánchez disse que impulsionará uma proposta, a apresentar às Nações Unidas, para que o Tribunal Internacional de Justiça se pronuncie sobre o cumprimento por parte de Israel das suas obrigações em relação ao acesso à ajuda humanitária em Gaza.

As autoridades de Gaza elevaram no sábado para quase 53.300 o número de mortos resultante da ofensiva militar israelita contra o enclave, desde o seu início, após os ataques levados a cabo a 07 de outubro de 2023 pelo Hamas e outros grupos palestinianos, que causaram cerca de 1.200 mortos e perto de 250 raptados, segundo o balanço oficial fornecido pelas autoridades israelitas.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.