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Foram mortos dois funcionários da embaixada de Israel em Washington

O crime foi descrito como antissemitosmo. Ministro israelita responsabiliza Emmanuel Macron, Keir Starmer e Mark Carney por difundirem mensagens de apoio à Palestina.
Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu speaks during a ceremony to show appreciation to the health sector for their contribution to the fight against the coronavirus disease (COVID-19), in Jerusalem June 6, 2021. REUTERS/Ronen Zvulun
22 Maio 2025, 08h45

Dois funcionários da embaixada israelita nos Estados Unidos foram mortos quando saíam de um evento no Museu Judaico da Capital, em Washington DC, na noite desta quarta-feira. A chefe da polícia metropolitana de Washington, Pamela Smith, disse que um homem disparou sobre um grupo de quatro pessoas com uma arma de fogo, atingindo ambas as vítimas. O alegado autor tinha sido visto a rondar o exterior do museu antes do tiroteio.

O suspeito foi identificado (provisoriamente, segundo as agências internacionais) como Elias Rodriguez, de 30 anos, de Chicago; as autoridades avançaram que o homem não tem antecedentes criminais – e que terá gritado “Palestina livre, livre” após ser detido.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse que a vida das vítimas foi “interrompida por um assassino antissemita hediondo” e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, descreveu os assassinatos como “horríveis” e “baseados obviamente no antissemitismo”, afirmando que “o ódio e o radicalismo não têm lugar nos EUA”. Yechiel Leiter , embaixador de Israel nos Estados Unidos, disse que as duas vítimas eram um jovem casal que estava prestes a ficar noivo.

Um comunicado do governo de Israel destaca que “estamos a testemunhar o preço terrível do antissemitismo e da incitação selvagem contra o Estado de Israel. Os libelos de sangue contra Israel estão a aumentar em sangue e devem ser combatidos até o fim”.

Numa declaração nas redes sociais sobre o tiroteio em Washington DC, o ministro israelita da Diáspora e Combate ao Antissemitismo, Amichai Chikli, afirmou que o presidente francês Emmanuel Macron , o primeiro-ministro britânico Keir Starmer e o primeiro-ministro canadiano Mark Carney “encorajaram as forças do terror”. Referia-se talvez à decisão de daqueles três países suspenderem acordos comerciais com Israel se o governo de Netanyahu mantivesse o bloqueio a Gaza – mas as declarações de Chikli dificilmente podem ser compreendidas, mesmo num contexto de pressão do que aconteceu.

Chikli disse que estava “chocado e com o coração partido pelo assassinato brutal” e queria agradecer ao presidente Donald Trump por “sua rápida e inequívoca condenação deste ato hediondo”. O terrorista teria gritado “Palestina Livre” antes de abrir fogo. Sejamos absolutamente claros: “Palestina Livre” não é um grito por liberdade – é um grito por assassinato. Isso foi provado com sangue hoje”. “Este slogan, repetido por ativistas, acadêmicos e influenciadores, tornou-se uma bandeira não pela paz, mas pelo ódio, pela violência e pela demonização do Estado judeu. Qualquer um que o use agora, após este ataque, não está apenas ecoando o antissemitismo – está legitimando o assassinato de judeus e israelenses”, disse ainda.

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha expressou choque com a morte de dois funcionários da embaixada israelita em Washington. “Nada pode justificar a violência antissemita. Estou chocado com o assassinato cobarde de dois funcionários da embaixada israelita em Washington”, escreveu Johann Wadephul nas redes sociais.

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