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Portugueses tratam de poupar nos casamentos

Estudo conduzido pela Klarna junto de mil portugueses revela que apenas 14,4% está disposto a gastar mais de 500 euros em casamentos fora da zona onde vive.
26 Maio 2025, 12h04

Um novo inquérito conduzido pela Klarna, rede de pagamentos e compras capacitada por inteligência artificial, revela que os casamentos fora da zona onde os convidados vivem (também conhecidos como destination weddings) estão a tornar-se um verdadeiro desafio financeiro para os portugueses. “Quase metade (49,4%) dos inquiridos afirma que já foi a um casamento fora da zona onde vive, e muitos admitem recorrer a estratégias de poupança para conseguirem marcar presença”, refere a empresa em comunicado.

Apesar de apenas 1,9% afirmar que recusa este tipo de eventos devido ao custo, a esmagadora maioria (78,4%) mostra-se relutante em gastar mais de 500 euros com viagem, estadia, roupa e presente. Apenas 14,4% está disposto a ultrapassar esse valor.

Entre os adultos mais jovens (18-34 anos), a pressão financeira é ainda mais sentida. “Este grupo é o mais propenso a recusar convites por motivos económicos – 52% afirma que não vai se não puder pagar confortavelmente, e muitos admitem estar a cortar em aspetos como roupa nova ou presentes para conseguirem manter-se dentro do orçamento”.

“As pessoas mais jovens estão em fases de vida em que o rendimento disponível ainda é limitado, mas as exigências sociais não param de crescer. A ida a casamentos implica custos elevados que podem facilmente ultrapassar os 400 ou 500 euros — para poderem pagar esses eventos e manterem-se dentro do orçamento, as gerações mais jovens têm várias estratégias financeiras”, comenta, citada pelo comunicado, Karoline Bliemegger, especialista financeira e gestora de produto na Klarna.

Para dar resposta ao peso financeiro destes eventos, os convidados portugueses estão a adotar diversas estratégias para poupar. As mais populares incluem: reutilizar roupa de cerimónia (38,4%), opção mais frequente entre as mulheres (44%) do que entre os homens (32%); ficar menos noites fora (37,2%); aproveitar o destino do casamento para umas mini-férias (33,5%); e 6% dos jovens dos 25 aos 34 usa a modalidade BNPL (Buy now, pay later).

Além disso, “33,3% do total de inquiridos admite que reduz outras despesas durante algum tempo para poder participar no casamento, e 35,1% afirma que só aceita o convite para este género de casamentos se conseguir pagar confortavelmente”. Karoline Bliemegger sugere que os convidados considerem criar um “fundo de casamento” anual, tal como já fazem com as férias: “Se tem entre 20 e 30 anos, é provável que receba vários convites por ano. Guardar uma pequena quantia mensal pode ajudar a evitar stress quando os convites chegarem. E se quiser maximizar a poupança, pode usar contas com juros para esse efeito.”

Este inquérito foi desenvolvido pela Klarna e conduzido pela Appinio a um conjunto de 1.000 participantes, entre os 18 e 65 anos, em território português, durante o mês de maio de 2025.

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