[weglot_switcher]

Pedro Reis agradece “honra e privilégio” de ter servido país

O economista, que ficou à frente da pasta da Economia por pouco mais de um ano, agradece ao primeiro-ministro a oportunidade de ter voltado a servir o país e deixa votos de sucesso ao seu sucessor.
Pedro Reis
O ministro da Economia, Pedro Reis, participa na conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros, no Ministério das Finanças, em Lisboa, 16 de janeiro de 2025. MANUEL DE ALMEIDA/LUSA
7 Junho 2025, 11h40

Pedro Reis, um dos três ministros do anterior Executivo que ficou de fora na segunda legislatura liderada pela AD, fala numa “honra e privilégio” por poder ter servido o país à frente da pasta da Economia, destacando ainda o trabalho que deixa feito no Ministério. O governante agradece ao primeiro-ministro a oportunidade dada e deixa ainda votos de sucesso ao seu sucessor e ao Governo que agora toma posse.

Em carta a que o Jornal Económico teve acesso, o governante que esteve encarregado da pasta da Economia na anterior legislatura começa por agradecer “a todos aqueles que me deram a honra e o privilégio de servir mais uma vez” o país, com destaque Luís Montenegro e os restantes colegas de Governo.

O economista de 57 anos deixa ainda elogios à equipa ministerial que o acompanhou, classificando-a e ao “ecossistema” das instituições sob alçada pública como “extraordinária”.

Lembrando a obra que deixa, a carta menciona os programas Acelerar, Simplificar e Reforçar, o lançamento de novas linhas no âmbito do InvestEU e dos regimes de apoio aos grandes investimentos, do instrumento do IFICE e das bases da nova Estratégia para o Turismo, entre outras.

Pedro Reis deixa o Governo após pouco mais de um ano como ministro, tendo ficado responsável pela pasta da Economia. Ao contrário do seu antecessor, António Costa Silva, a orgânica do seu ministério não explicitava o Mar como área de ação, limitando-se à Economia.

O ministério foi agora fundido com a pasta da Coesão Territorial, ficando à responsabilidade do antigo governante com estas responsabilidades, Manuel Castro Almeida. Ao seu sucessor, Pedro Reis deixa votos de boa sorte e “uma palavra amiga”.

 

Leia aqui a carta na íntegra:

Este é o momento de agradecer a todos aqueles que me deram a honra e o privilégio de servir mais uma vez o meu País.

A começar pelo Primeiro Ministro Luís Montenegro que me convidou e que confiou sempre em mim, passando pelos meus Colegas de Governo com quem trabalhei em virtuosa articulação e naturalmente incluindo a extraordinária Equipa que tivemos no próprio Ministério e em todo o seu ecossistema que inclui um vasto perímetro de Instituições e Agências Públicas na sua tutela.

Mas tudo foi feito, e nada disto faria sentido, se não fosse pelo estimulo permanente das nossas empresas, associações, investidores e empreendedores: a todas elas fica a minha palavra de agradecimento e de admiração.

Em jeito de balanço deixo alguns desafios que vencemos juntos:

  1. Lançamento dos Programas Acelerar (60 medidas de apoio à capitalização, inovação, escala e industrialização), Simplificar (liderado pelo Ministério das Finanças para melhorar a relação do contribuinte com o Estado do ponto de vista das empresas) e Reforçar (para mitigar o efeito das tarifas americanas)
  2. Refundação do Banco Português de Fomento dando lhe uma nova ambição e incutindo lhe mais proatividade no apoio às empresas sob a liderança de um novo Ceo Gonçalo Regalado
  3. Lançamento de novas linhas no âmbito do investEU no valor de €3.600 milhões e de novos Regimes de Apoio aos grandes investimentos nomeadamente com a aprovação da linha de €1.000 milhões para a reconversão da indústria verde
  4. Negociação e aprovação de novo investimento estruturante (nomeadamente estrangeiro) em que se destaca como mais emblemáticos o novo veículo elétrico da VW para a AutoEuropa, a fábrica gigante da Calb para baterias elétricas em Sines e a aposta da Lufhtansa Tecnik num novo centro de engenharia e manutenção
  5. Reestruturação das Instituições sob a tutela direta do Ministério com renovação total das suas Equipas de Direção e melhoria dos seus níveis de serviço: Aicep, Iapmei, Compete, Turismo de Portugal e StartUp Portugal
  6. Reativação da Diplomacia Económica com périplos de Pedro Reis pela China, Singapura, Qatar, Emirados Árabes Unidos, Angola, Brasil, entre outros
  7. Lançamento do instrumento do IFICE (em articulação com o Ministério das Finanças) para atrair profissionais qualificados estrangeiros (ou residentes nacionais no estrangeiro)
  8. Lançamento das bases da nova Estratégia para o Turismo (atualmente em fase de fecho da consulta pública)

Ao meu sucessor, Manuel Castro Almeida, deixo uma palavra amiga de boa sorte como bem merece.

A todos um até sempre.

Por Portugal! Obrigado Portugal! 🇵🇹

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.