Pedro Reis, um dos três ministros do anterior Executivo que ficou de fora na segunda legislatura liderada pela AD, fala numa “honra e privilégio” por poder ter servido o país à frente da pasta da Economia, destacando ainda o trabalho que deixa feito no Ministério. O governante agradece ao primeiro-ministro a oportunidade dada e deixa ainda votos de sucesso ao seu sucessor e ao Governo que agora toma posse.
Em carta a que o Jornal Económico teve acesso, o governante que esteve encarregado da pasta da Economia na anterior legislatura começa por agradecer “a todos aqueles que me deram a honra e o privilégio de servir mais uma vez” o país, com destaque Luís Montenegro e os restantes colegas de Governo.
O economista de 57 anos deixa ainda elogios à equipa ministerial que o acompanhou, classificando-a e ao “ecossistema” das instituições sob alçada pública como “extraordinária”.
Lembrando a obra que deixa, a carta menciona os programas Acelerar, Simplificar e Reforçar, o lançamento de novas linhas no âmbito do InvestEU e dos regimes de apoio aos grandes investimentos, do instrumento do IFICE e das bases da nova Estratégia para o Turismo, entre outras.
Pedro Reis deixa o Governo após pouco mais de um ano como ministro, tendo ficado responsável pela pasta da Economia. Ao contrário do seu antecessor, António Costa Silva, a orgânica do seu ministério não explicitava o Mar como área de ação, limitando-se à Economia.
O ministério foi agora fundido com a pasta da Coesão Territorial, ficando à responsabilidade do antigo governante com estas responsabilidades, Manuel Castro Almeida. Ao seu sucessor, Pedro Reis deixa votos de boa sorte e “uma palavra amiga”.
Leia aqui a carta na íntegra:
Este é o momento de agradecer a todos aqueles que me deram a honra e o privilégio de servir mais uma vez o meu País.
A começar pelo Primeiro Ministro Luís Montenegro que me convidou e que confiou sempre em mim, passando pelos meus Colegas de Governo com quem trabalhei em virtuosa articulação e naturalmente incluindo a extraordinária Equipa que tivemos no próprio Ministério e em todo o seu ecossistema que inclui um vasto perímetro de Instituições e Agências Públicas na sua tutela.
Mas tudo foi feito, e nada disto faria sentido, se não fosse pelo estimulo permanente das nossas empresas, associações, investidores e empreendedores: a todas elas fica a minha palavra de agradecimento e de admiração.
Em jeito de balanço deixo alguns desafios que vencemos juntos:
- Lançamento dos Programas Acelerar (60 medidas de apoio à capitalização, inovação, escala e industrialização), Simplificar (liderado pelo Ministério das Finanças para melhorar a relação do contribuinte com o Estado do ponto de vista das empresas) e Reforçar (para mitigar o efeito das tarifas americanas)
- Refundação do Banco Português de Fomento dando lhe uma nova ambição e incutindo lhe mais proatividade no apoio às empresas sob a liderança de um novo Ceo Gonçalo Regalado
- Lançamento de novas linhas no âmbito do investEU no valor de €3.600 milhões e de novos Regimes de Apoio aos grandes investimentos nomeadamente com a aprovação da linha de €1.000 milhões para a reconversão da indústria verde
- Negociação e aprovação de novo investimento estruturante (nomeadamente estrangeiro) em que se destaca como mais emblemáticos o novo veículo elétrico da VW para a AutoEuropa, a fábrica gigante da Calb para baterias elétricas em Sines e a aposta da Lufhtansa Tecnik num novo centro de engenharia e manutenção
- Reestruturação das Instituições sob a tutela direta do Ministério com renovação total das suas Equipas de Direção e melhoria dos seus níveis de serviço: Aicep, Iapmei, Compete, Turismo de Portugal e StartUp Portugal
- Reativação da Diplomacia Económica com périplos de Pedro Reis pela China, Singapura, Qatar, Emirados Árabes Unidos, Angola, Brasil, entre outros
- Lançamento do instrumento do IFICE (em articulação com o Ministério das Finanças) para atrair profissionais qualificados estrangeiros (ou residentes nacionais no estrangeiro)
- Lançamento das bases da nova Estratégia para o Turismo (atualmente em fase de fecho da consulta pública)
Ao meu sucessor, Manuel Castro Almeida, deixo uma palavra amiga de boa sorte como bem merece.
A todos um até sempre.
Por Portugal! Obrigado Portugal! 🇵🇹
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