A Agência Internacional de Energia (AIE) estima que a procura mundial de petróleo aumente para 100,6 milhões de barris por dia este ano, mais 1,4 milhões de barris do que em 2018, apesar da desaceleração económica que se tem verificado.
No relatório mensal de abril sobre o mercado petrolífero, divulgado esta quinta-feira, a AIE também prevê que a oferta deverá cair, ainda que moderadamente, devido ao corte da produção da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e da Venezuela.
A AIE sublinha que o risco da desaceleração da economia mundial sobre a procura de petróleo é menor do que o esperado, mas reconhece os “sinais contraditórios sobre a saúde da economia mundial e visões divergentes” da incidência desta na evolução do mercado petrolífero.
Nos dois primeiros meses deste ano a procura na China, Índia e Estados Unidos aumentou cerca de um milhão de barris por dia, sublinha a AIE. Este aumento foi compensado pela queda registada no quarto trimestre de 2018, no conjunto das economias desenvolvidas agrupadas na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE), a primeira verificada desde finais de 2014.
Esta travagem foi confirmada no primeiro trimestre deste ano, devido à desaceleração que está a acontecer na Europa, mas deverá ser recuperada ao longo do ano sobretudo impulsionada pelos Estados Unidos, sublinhou a AIE.
A oferta baixou em 340 mil barris diários em março devido aos cortes impostos pela OPEP, que foram impulsionados pela “forte” queda da produção na Venezuela.
As extrações da OPEP diminuíram em 550 mil barris diários em março para um total de 30,1 milhões de barris, com uma travagem liderada pela Arábia Saudita, que registou o nível mais baixo em dois anos.
Em contrapartida, a produção fora da OPEP vai crescer em 2019 em 1,7 milhões de barris, contra o acréscimo de 2,8 milhões de barris de 2018.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com