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Israel avisa que habitantes de Teerão ‘pagarão um preço’ após ataques a Telavive

Ataques iranianos mataram oito israelitas e feriram mais de 100, levando Israel a afirmar que “os residentes de Teerão pagarão o preço, e em breve”. Conflito está no topo da agenda da reunião do G7.
16 Junho 2025, 10h06

Mísseis iranianos atingiram Telavive, a capital de Israel, e a cidade portuária de Haifa antes do amanhecer desta segunda-feira, matando pelo menos oito pessoas e ferindo mais de 100. O ministro da Defesa de Israel alertar que os moradores de Teerão “pagarão o preço e em breve”. A ameaça veio impor o assunto ainda mais no topo da agenda da reunião do G7 no Canadá. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou esperança de que se consiga chegar a um acordo, mas não há nenhum sinal de que os combates venham a diminuir ao cabo de quatro dia de guerra – de que já resultaram 23 mortos em Israel e 224 no Irão.

Vários edifícios residenciais num bairro densamente povoado de Telavive foram destruídos, a apenas algumas centenas de metros da representação da embaixada dos Estados Unidos (que Trump deslocou para Jerusalém no seu primeiro mandato) na cidade. O embaixador dos EUA disse que o prédio sofreu danos menores. Os mísseis lançados antes do amanhecer também caíram perto de Shuk HaCarmel, um mercado popular em Telavive.

A Guarda Revolucionária do Irão adiantou que o último ataque empregou um novo método que fez com que os sistemas de defesa de várias camadas de Israel ficassem inoperantes – pelo menos em parte – permitindo que Teerão atingisse com sucesso muitos alvos. As autoridades israelitas dizem que os sistemas de defesa não são 100% fiáveis e alertaram para dias difíceis.

O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, disse em comunicado que “o arrogante ditador de Teerão tornou-se um assassino cobarde que tem como alvo civis em Israel para impedir que as forças de defesa (IFD) continuem os ataques”. “Os moradores de Teerão pagarão o preço, e em breve.” Os militares de Israel disseram na manhã de segunda-feira que atacaram novamente os centros de comando da Guarda Revolucionária e aos militares.

O presidente do Irão, Masoud Pezeshkian, disse ao Parlamento já esta segunda-feira que Teerão não tem intenção de construir armas nucleares, mas que continuará a perseguir o seu direito à energia nuclear e à investigação.

 

G7 em estado de alerta

Os líderes do Grupo dos Sete (G7) reunidos no Canadá desde domingo, têm o assunto no topo da agenda. O chanceler alemão, Friedrich Merz, disse que os seus objetivos passam por impedir que o Irão desenvolva ou possua armas nucleares, garantindo o direito de Israel a defender-se, mas quer evitar o aumento da tensão e criar espaço para a diplomacia. “Esta questão estará no topo da agenda da cimeira do G7”, disse Merz citado pelas agências internacionais.

Antes de partir para a cimeira, Trump foi questionado sobre o que estaria a fazer para diminuir a situação. “Espero que haja um acordo. Acho que é hora de um acordo”, disse. Trump terá manifestado a intenção de mediar conversações entre os dois países beligerantes, mas aparentemente nenhum deles se deu ao trabalho de comentar.

Entretanto, os futuros do petróleo Brent subiram apenas 0,5% esta segunda-feira, repetindo um momento de acalmia que vai contra aquilo que os analistas anteciparavam. De facto, depois de um pico de preços na sexta-feira, o preço do crude nos mercados internacionais reajustou em baixa. Os mercados cambiais e de ações foram pouco movimentados na Ásia esta segunda-feira, o que denota igualmente uma aparente e pouco explicável bonança na frente mobiliária.

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