A segunda Cimeira China-Ásia Central reuniu esta semana os líderes da China e de cinco nações da Ásia Central em Astana, capital do Cazaquistão, durante a qual foi assinado o Tratado de Boa Vizinhança e Cooperação Amigável Permanente – que consagrar o princípio da amizade entre os países na forma de lei. “É um marco para hoje e uma base para amanhã”, disse Xi Jinping, presidente da China, citado pelas agências internacionais. Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão, Turcomenistão e Uzbequistão foram os restantes cinco países a assinarem o protocolo.
Em 2020, a China propôs o estabelecimento de um mecanismo China-Ásia Central; dois anos mais tarde, os países em questão propuseram atualizar o mecanismo, que acabou por ser apresentado em 2023, na cimeira inaugural China-Ásia Central, na cidade de Xi’an, no noroeste da China.
O protocolo demonstra a confiança mútua estratégica de alto nível e a “firme determinação de aprofundar a cooperação”, disse Sun Weidong, secretário-geral do Mecanismo China-Ásia Central.
Na cúpula de Astana, a China e os cinco países asiáticos optaram pela cooperação no comércio, na economia digital e na conectividade – áreas que se afuguram de crescente importância num mundo que vai perdendo multipolaridade. A China tornou-se o principal parceiro comercial da região e uma importante fonte de investimento. Dados da Administração Geral da Alfândega mostraram que o comércio entre a China e a Ásia Central atingiu um recorde de 94,8 mil milhões de dólares em 2024, com o investimento acumulado da China na região a ultrapassar os 30 mil milhões.
Todos os esforços devem ser focados em concentrar a cooperação no comércio, no investimento industrial, na conectividade, na mineração verde, na modernização agrícola e no lançamento de mais projetos no terreno, disse o presidente chinês. Com a finalidade de promover a cooperação relevante, a China decidiu estabelecer três centros de cooperação com foco na redução da pobreza, intercâmbio educacional, e prevenção e controlo da desertificação, bem como uma plataforma de cooperação para um comércio.
Num ambiente global marcado pelo crescente protecionismo, a parceria China-Ásia Central “representa um novo modelo de engajamento diplomático – que respeita a independência, promove o benefício mútuo e amplifica a voz do Sul Global, refere a organização.
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