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Procura casa de férias? Atenção às burlas!

Com o período das férias de verão a aproximar-se, muitas famílias optam por arrendar uma casa para descansar em família. No entanto, existem casa mais burlas com falsos anúncios de casas de férias. Tenha atenção a todos os sinais.
23 Junho 2025, 10h46

Com a chegada do verão, muitas famílias portuguesas e turistas optam por alugar casas de férias, seja para poupar nos custos de hotel ou para desfrutar de uma estadia mais cómoda em família. No entanto, esta procura crescente tem vindo a ser explorada por burlões que se aproveitam da confiança dos consumidores, especialmente em períodos de grande afluência, como o verão.

Anúncios falsos, na sua maioria publicados nas redes sociais, são a grande fonte de burla relativamente ao aluguer de casas para as férias. Antes de qualquer decisão, é fundamental pesquisar e informar-se se, efetivamente, o alojamento existe mesmo. Tenha o seguinte em conta.

Tipos de burlas mais comuns

As burlas mais frequentes envolvem o uso de anúncios falsos, com fotografias retiradas de outros sites ou imóveis que não existem. São criados perfis fictícios, muitas vezes com identidade e contactos falsos, que publicam anúncios com preços altamente competitivos para atrair vítimas. Em seguida, pressionam os interessados a pagar um sinal ou a totalidade da estadia de forma antecipada, muitas vezes através de transferências bancárias ou métodos não rastreáveis.

Sinais de alerta a que deve estar atento

Preços demasiado baixos para a zona ou época do ano

Se encontrar uma casa de férias com um preço muito inferior ao praticado na mesma zona ou em datas concorridas (como agosto ou feriados prolongados), desconfie. Os valores apelativos para atrair rapidamente vítimas, muitas vezes alegando promoções de última hora ou urgência em arrendar, são muito comuns neste tipo de burla.

Pressão para pagamento imediato

É comum o falso proprietário alegar que existem muitos interessados ou que a reserva só será garantida com um pagamento imediato. Esta pressão psicológica é uma tática típica para impedir que o consumidor tenha tempo de verificar a veracidade do anúncio ou a identidade do arrendatário.

Impossibilidade de visitar o imóvel

Outro sinal de alarme é a recusa do alegado proprietário em permitir uma visita presencial ao imóvel, muitas vezes alegando estar fora do país ou indisponível. Este argumento serve para afastar a hipótese de confronto direto ou de verificação do local.

Pagamentos fora das plataformas

Se o anúncio estiver numa plataforma credível, como o Airbnb ou Booking, e o suposto proprietário lhe pedir para efetuar o pagamento diretamente por transferência bancária, MBWay ou outro método fora da plataforma, deve desconfiar. Estas plataformas possuem mecanismos de segurança e reembolso que deixam de estar disponíveis se o pagamento for feito fora do sistema.

Dicas para evitar ser enganado

Utilize plataformas reconhecidas e seguras

Prefira sempre plataformas certificadas e com sistemas de pagamento seguros. Sites como o Airbnb, Booking ou plataformas de agências imobiliárias conhecidas em Portugal garantem uma camada adicional de segurança, tanto na verificação dos imóveis como no apoio ao consumidor. Pesquise e compare a categoria no Portal da Queixa antes de tomar uma decisão.

Verifique o número de registo do Alojamento Local

Em Portugal, todos os imóveis destinados ao turismo devem estar registados como Alojamento Local (AL) e ter um número de registo válido. Pode confirmar esta informação no site do Registo Nacional de Turismo. Se o imóvel não estiver registado, é um forte indício de ilegalidade ou burla.

Pesquise o imóvel noutros sites

Copie as fotografias do anúncio e faça uma pesquisa reversa no Google Imagens. Muitas vezes, as fotos são roubadas de sites estrangeiros ou de anúncios legítimos. Também pode tentar localizar o imóvel no Google Maps ou ver se aparece noutras plataformas com dados diferentes.

Confirmar a identidade do anunciante

Peça uma chamada de vídeo ou contactos adicionais. Verifique se o nome do titular da conta bancária coincide com o do anunciante e se o NIB/IBAN corresponde a uma conta portuguesa. Se o anunciante evitar qualquer contacto direto ou apresentar desculpas constantes, é um sinal de alerta.

O que fazer se suspeitar de burla

Se tiver motivos para acreditar que está a ser alvo de uma burla, siga estes passos:

  1. Não avance com o pagamento até confirmar a veracidade da oferta.
  2. Denuncie o anúncio na plataforma onde o encontrou.
  3. Partilhe a sua experiência no Portal da Queixa e alerte outros consumidores para o sucedido.
  4. Contacte as autoridades policiais – pode apresentar queixa na PSP, GNR ou diretamente no Ministério Público através do site do Gabinete de Cibercrime.
  5. Informe o seu banco se já tiver realizado o pagamento, para tentar bloquear ou recuperar a transação.
  6. Reporte a tentativa ao Centro Nacional de Cibersegurança, que recolhe este tipo de ocorrências para fins estatísticos e de prevenção.

Pesquise e compare antes de qualquer decisão

As casas de férias podem ser uma excelente alternativa para umas férias em família, com mais privacidade e liberdade. No entanto, é fundamental adotar uma postura preventiva e informada.

Verifique sempre a veracidade dos anúncios, pesquise e compare opções em plataformas seguras como o Portal da Queixa e recorra sempre a meios de pagamento protegidos. Uma decisão precipitada pode transformar os seus dias de descanso num verdadeiro pesadelo.

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