Os analistas da AllianzGI estimam que os preços do barril de petróleo se fixem num valor compreendido entre 80 a 100 dólares, numa perspetiva de curto prazo divulgada esta segunda-feira.
O crude Brent acumulava já uma subida de 18% desde o início de junho, antes dos ataques norte-americanos. A magnitude da sua última subida vai depender fortemente da resposta do Irão (particularmente de qualquer disrupção no Estreito de Ormuz) e da possível maior intervenção militar dos EUA, acreditam estes analistas.
Assim, para a AllianzGI, a chave para as economias globais e a inflação passa por perceber se o aumento do preço do petróleo vai ser temporário ou mais permanente sendo que a curto prazo, “prevemos que os preços do petróleo se possam manter na faixa dos 80 a 100 dólares por barril”.
“Os grandes produtores, como a OPEP+ (especialmente a Arábia Saudita), podem compensar as disrupções no abastecimento, mas a maior parte das suas exportações passa também pelo Estreito de Ormuz. Uma libertação coordenada das reservas estratégicas também pode atenuar o impacto”, realça Gregor MA Hirt, diretor de investimento da Allianz Global Investors.
Recorda este analista que a UE detém reservas equivalentes a cerca de 90 dias de importações líquidas; os EUA detêm cerca de 20 dias, embora sejam praticamente autossuficientes; e estima-se que a China tenha cerca de 30 dias, embora não publique números oficiais.
Um período prolongado de preços altos “encareceria o custo das cadeias de valor globais e poderia reacender as pressões inflacionistas, especialmente em economias com elevada dependência energética”, conclui a AllianzGI.
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