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Relatório indica que 99% dos executivos de topo querem investir mais em inteligência artificial

O relatório da consultora de negócios e tecnologia, NTT Data, inquiriu mais de 2.300 decisores seniores de inteligência artificial generativa (GenAI), dos quais 1.500 líderes Executivos de Topo em 34 países.
Inteligência Artificial
Unsplash
25 Junho 2025, 10h07

O relatório da consultora de negócio e tecnologia, NTT Data, intitulado ‘The AI Security Balancing Act: From Risk to Innovation‘, revela que 99% dos executivos de topo estão a planear investir mais em inteligência artificial generativa (GenAI) nos próximos dois anos.

O relatório diz também que 67% dos CEO estão “a projetar investimentos significativos e que 95% dos Chief Information Officer (CIOs) e Chief Technology Officer (CTOs) referiram que a GenAI “já acelerou, ou irá acelerar, maiores investimentos em cibersegurança, com as organizações a classificarem a melhoria da segurança como um dos três principais benefícios empresariais resultantes da implementação de GenAI” nos últimos 12 meses.

O documento da NTT Data revela também que 45% dos Chief Information Security Officer (CISOs) expressaram “reservas” em relação à adoção de GenAI.

“Mais de metade (54%) dos CISOs afirmam que as orientações ou políticas internas sobre responsabilidade de GenAI são pouco claras, mas apenas 20% dos CEOs partilham da mesma preocupação. Apesar de se revelarem cautelosas sobre a implementação de GenAI, as equipas de cibersegurança reconhecem o seu valor empresarial. De facto, 81% dos líderes seniores que manifestam reservas, na área de cibersegurança, concordam que a GenAI vai aumentar a eficiência e impactar o resultado final”, adianta o relatório.

“A GenAI oferece enormes oportunidades de transformação, mas sem a existência de uma visão comum entre líderes de negócio e responsáveis de cibersegurança, estas oportunidades podem ficar bloqueadas por razões de incerteza operacional ou de risco mal gerido. É essencial que CEOs e CISOs colaborem para estabelecer objetivos claros, realistas e sustentáveis que equilibrem inovação e proteção. Dessa forma, a GenAI deixará de ser uma fonte de tensão interna e tornar-se-á um acelerador de crescimento”, defende a Head of Cibersecurity Iberia, International Organizations, LATAM e Consulting no Benelux e France da NTT DATA, María Pilar Torres Bruna.

O relatório diz também que 97% dos CISOs se identificam como decisores em GenAI mas 69% reconhece que as suas equipas “não têm as capacidades necessárias” para trabalhar com a tecnologia.

“Além disso, apenas 38% dos CISOs dizem que as suas estratégias de GenAI e cibersegurança estão alinhadas, o que compara com 51% dos CEOs. A somar a esta complexidade, 72% das organizações analisadas ainda carecem de uma política formal de utilização de GenAI e apenas 24% dos CISOs concorda de forma convicta que a sua organização tem um quadro robusto para equilibrar risco com criação de valor”, conclui o relatório.

O relatório da NTT Data adianta que 88% dos líderes de cibersegurança “afirmam que a infraestrutura legada está a afetar fortemente a agilidade empresarial e a prontidão da GenAI, com a modernização de IoT, 5G e edge computing identificadas como essenciais para o progresso futuro” e que para superar estes obstáculos, 64% dos CISOs “estão a priorizar a inovação conjunta com parceiros estratégicos de TI, em vez de depender de soluções de IA isoladas”.

O Senior Vice President and Global Head of Cybersecurity da NTT DATA, Inc, Sheetal Mehta, refere que à medida que as organizações “aceleram a adoção de GenAI, a cibersegurança tem de ser integrada desde a conceção para reforçar a resiliência. Enquanto os CEOs defendem a inovação, assegurar uma colaboração sem falhas entre cibersegurança e estratégia empresarial é fundamental” para mitigar riscos emergentes.

“Uma abordagem segura e escalável para GenAI requer alinhamento proativo, infraestrutura moderna e inovação conjunta com parceiros de confiança, para proteger as empresas de ameaças emergentes e se desbloquear todo o potencial da IA”, acrescentou Sheetal Mehta.

Já o Research Vice President, Security Services da IDC, Craig Robinson, salientou que a colaboração é “altamente valorizada pelos líderes” nas suas relações com os CISOs.

“No entanto, os desalinhamentos persistem, com lacunas entre a postura de risco desejada pela organização e as suas atuais capacidades de cibersegurança”, alerta Craig Robinson.

“Embora o uso de GenAI garanta claramente benefícios para as empresas, os CISOs e os Responsáveis de Risco e Conformidade Global esforçam-se por transmitir a necessidade de um modelo de governo adequado e diretrizes claras, tornando o alinhamento com os líderes empresariais fundamental para a sua implementação”, referiu Craig Robinson.

O relatório inquiriu mais de 2.300 decisores seniores de GenAI, dos quais 1.500 líderes Executivos de Topo em 34 países.

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