A dívida pública portuguesa continuou a crescer em maio, de acordo com os dados do Banco de Portugal (BdP) divulgados esta terça-feira, atingindo novo máximo absoluto, o segundo consecutivo. O stock de dívida chegou a 284,5 mil milhões de euros, ou seja, mais 3,7 mil milhões do que no mês anterior.
A subida em questão deveu-se sobretudo ao aumento dos títulos de dívida, que chegou a 3,5 mil milhões de euros, e dos certificados de aforro, que perfizeram 0,5 mil milhões de euros, aumentos esses parcialmente compensados pela diminuição dos certificados do Tesouro em cerca de 200 milhões de euros e dos empréstimos na casa dos 100 milhões.
É o sexto mês seguido de aumentos do montante total de dívida pública e o segundo recorde absoluto consecutivo, isto depois de abril ter registado um máximo na série histórica com 280,8 mil milhões de euros.
Recorde-se que Portugal tem sido dos Estados-membros da UE com uma redução mais acentuada da dívida pública em função do PIB, isto depois de ter ocupado durante anos o top-3 dos países mais endividados do bloco europeu. Além da descida em termos relativos, tanto em 2021, como em 2023 houve lugar a descidas do montante em dívida em termos absolutos.
Assumindo que a economia portuguesa se comportaria no resto do ano como no primeiro trimestre de 2025, este stock de dívida registado em maio resultaria num rácio acima de 97,5%, uma subida significativa em relação aos 94,9% com que fechou 2024. Para 2025, o programa eleitoral da AD previa uma leitura de 91%, um resultado mais ambicioso do que os 93,3% projetados no Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).
[notícia atualizada às 11h34]
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