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Montenegro avisa que país tem de acreditar “no ímpeto” do Governo se quer reforma do Estado

Luís Montenegro disse não querer adiantar já decisões concretas, mas pediu aos portugueses que acompanhem “o ímpeto” do executivo e não se deixem influenciar pelo “espírito das reações de contrarreforma”.
epa12112036 Prime Minister of Portugal, leader of the Democratic Alliance (AD) coalition, and President of the Social Democratic Party (PSD), Luis Montenegro, speaks to the press after casting his vote for the legislative elections at a polling station in Espinho, center of Portugal, 18 May 2025. Portugal holds early parliamentary elections on 18 May 2025, where over 10.8 million voters will choose from 20 political parties to fill the 230 seats in the Assembly of the Republic. EPA/ESTELA SILVA
3 Julho 2025, 14h23

O primeiro-ministro avisou hoje que o país vai ter de acreditar “na prioridade absoluta” que o Governo atribui à reforma do Estado se quer que o excesso de burocracia deixe de ser “um bloqueio ao crescimento da economia”.

No encerramento da conferência “Economia Sem Fronteiras” do canal Now, que decorre num hotel em Lisboa, Luís Montenegro disse não querer adiantar já decisões concretas, mas pediu aos portugueses que acompanhem “o ímpeto” do executivo e não se deixem influenciar pelo “espírito das reações de contrarreforma”.

“Nós vamos começar a simplificar procedimentos, nós vamos começar a eliminar fases que hoje constituem empecilhos do processo decisório na administração pública, isso vai pressupor maior rigor, transparência e responsabilização, mas também vai pressupor menos controlo prévio. É exatamente isto, e tem de ser dito assim literalmente”, afirmou.

Montenegro deixou, neste ponto, um pedido aos portugueses.

“O país tem de acreditar nisto. Se o país quer mesmo uma reforma do Estado com resultado, tem de acreditar, não quer dizer que tem de acreditar em tudo o que o Governo diz, mas no objetivo, no pressuposto, tem de acreditar”, apelou.

O primeiro-ministro defendeu que o país tem de acreditar, por exemplo, que o “excesso de pronúncias prévias, excesso de pareceres prévios, excesso de entidades a colaborar para a decisão, que não falam entre si, que falam só entre papéis, é objetivamente um bloqueio ao crescimento da economia”.

“E sendo um bloqueio ao crescimento da economia, é um constrangimento para se pagarem melhores salários. E é um constrangimento para se reterem maiores recursos humanos, e melhores recursos humanos”, frisou.

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