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Ministro das Finanças confiante num acordo comercial com EUA e talvez com tarifas abaixo de 10%

Miranda Sarmento mostrou-se otimista quanto à possibilidade de ambos os blocos chegarem a um acordo comercial em breve, acordo esse que pode mesmo passar por taxas abaixo de 10%, o nível mínimo ‘universal’ imposto por Washington.
7 Julho 2025, 11h49

O ministro das Finanças mostra confiança num acordo comercial entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos (EUA) em breve e até em taxas abaixo dos 10% universais impostos por Washington, o que colocaria menos entraves no comércio internacional.

Em entrevista à Bloomberg, Miranda Sarmento falou na possibilidade de um acordo que beneficie ambos os blocos e minimize as distorções criadas por estas barreiras à entrada, projetando que o entendimento entre os dois gigantes económicos atlânticos esteja quase a ser alcançado.

“É possível um acordo com tarifas muito baixas, que seja visto como benéfico para ambas as partes e que permita continuar a fazer trocas e criar valor para os nossos cidadãos”, afirmou esta segunda-feira, no dia após ser sabido que as tarifas entrarão em vigor a 1 de agosto caso não sejam alcançados entendimentos com a administração Trump.

A Casa Branca havia colocado o prazo para estes acordos a 9 de julho, esta quarta-feira, mas sinalizou durante o fim-de-semana que a aplicação das taxas só se verificará a partir do início do próximo mês, dando algum tempo extra a uma série de países e blocos económicos para negociarem. Caso não haja acordo, as exportações europeias para os EUA passarão a pagar 50% de taxa alfandegária.

“Se os termos do acordo não forem favoráveis à UE, não há acordo”, contrapôs, defendendo que, caso não haja acordo, os europeus devem retaliar “não com toda a força, mas de forma seletiva”.

Logo aquando do anúncio de 2 de abril, o ‘Dia da Libertação, como apelidou Trump, a Comissão avançou com uma série de medidas retaliatórias preparadas para vigorarem caso as exportações europeias passem mesmo a pagar estas taxas à chegada aos EUA, fez saber a presidente do organismo, Ursula von der Leyen. Nestas incluem-se bens como carne de bovino, componentes automóveis ou aeronaves da Boeing, construtora norte-americana.

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