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Estudo aponta que mais de 75% da rede ciclável de Lisboa exige melhorias urgentes

Segundo o estudo “mais de 75% da rede ciclável de Lisboa exige melhorias urgentes: 24,38% da rede apresenta um nível de risco baixo, 53,53% risco médio, 14,91% risco elevado e 7,18% risco extremo”.
8 Julho 2025, 13h34

Mais de 75% da rede ciclável de Lisboa exige melhorias urgentes, foi a conclusão do estudo de avaliação de risco das ciclovias de Lisboa do Automóvel Club de Portugal (ACP), com o apoio da Fédération Internationale de l’Automobile (FIA).

Segundo o estudo “mais de 75% da rede ciclável de Lisboa exige melhorias urgentes: 24,38% da rede apresenta um nível de risco baixo, 53,53% risco médio, 14,91% risco elevado e 7,18% risco extremo”.

As colisões entre veículos motorizados e bicicletas representam o maior fator de risco, ao passo que o risco de colisão entre ciclistas é muito reduzido (95,64%) e os conflitos entre ciclistas e peões são, na sua maioria, de risco reduzido (79,98%)“, apontou a análise.

O estudo revelou ainda “desafios específicos em diferentes zonas da cidade. No centro, a largura reduzida das vias e o tráfego misto dificultam a circulação segura de bicicletas. Já na zona ribeirinha, as interações frequentes com peões exigem soluções de infraestrutura mais cuidadas para minimizar os conflitos”.

A qualidade do pavimento é, em geral, positiva, com apenas 1,2% da rede a apresentar superfícies escorregadias ou soltas. Os obstáculos fixos e móveis são pouco frequentes (2,8% e 0,9%, respetivamente), mas a ausência de iluminação pública em 61,4% da rede pode comprometer a segurança durante a noite“, sublinhou.

Entre os locais prioritários para intervenção destacam-se “a Rua Castilho, a Avenida Almirante Reis e a Avenida de Berna. De forma oposta, o Eixo Central, Praça de Espanha ou Avenida Duque d’Ávila são considerados bons exemplos de desenho seguro de ciclovias em Lisboa”.

O estudo deixa também recomendações que “incluem a implementação de medidas de acalmia de tráfego, a criação de ciclovias segregadas do tráfego automóvel, a melhoria da iluminação, a revisão das interseções perigosas e a melhoria das condições do pavimento para evitar quedas”.

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