[weglot_switcher]

“Não são aceitáveis ultimatos e pretextos inconsequentes do PS para a demissão do Governo”, diz PCP

Os comunistas defendem que o recuo do PSD e CDS-PP mostra que a Direita se move por “meros critérios de calculismo” e garantem que vão insistir na reposição integral do tempo de serviço dos professores.
6 Maio 2019, 09h36

O Partido Comunista (PCP) considera que a demissão do Governo não é aceitável com base em “ultimatos e pretextos inconsequentes do Partido Socialista (PS)”. Os comunistas defendem que o recuo do PSD e do CDS-PP mostra que a direita se move por “meros critérios de calculismo” e garantem que vão insistir na reposição integral do tempo de serviço dos professores.

“O PSD e CDS aprovaram na Comissão Parlamentar [de Educação e Ciência] um texto que voltaram a defender na sexta-feira. O recuo agora assumido pelo PSD e pelo CDS confirma, como já haviam revelado no debate em comissão, a sua recusa, em consagrar a valorização remuneratória devida aos trabalhadores”, nota o PCP, em comunicado.

Os comunistas defendem que a mudança de posição dos partidos da direita mais do que “uma cedência ao ultimato do Governo do PS” mostra “a convergência de posições com o PS sempre que é necessário para a manutenção de cortes”. O partido liderado por Jerónimo de Sousa diz ainda que este recuo confirma que o PSD e o CDS não visam o direito de contagem do tempo de serviço dos trabalhadores das carreiras especiais da Administração Pública mas sim “meros critérios de calculismo”.

“O PCP prosseguirá de forma coerente a intervenção e o caminho para a solução que dê resposta a essa e outras aspirações dos trabalhadores e do povo, não se deixando condicionar por pressões”, garantem. “Não são aceitáveis os ultimatos e pretextos inconsequentes do PS para a demissão do Governo. Para o PCP o que se impõe é prosseguir até ao último dia, o caminho de defesa, reposição e conquista de direitos que se tem percorrido”.

O partido aguarda agora que seja definido o calendário para a concretização da garantia de recuperação do tempo integral de serviço dos professores, em cumprimento com o que foi decidido no Orçamento do Estado de 2018 e no de 2019. “O PCP dará combate a manobras que visem andar para trás quando o que é preciso é decididamente avançar na resposta aos problemas dos trabalhadores, do povo e do país”, garantem.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.