A carga fiscal aumentou 6,5% em termos nominais, em 2018, atingindo 71,4 mil milhões de euros, o que corresponde a 35,4% do PIB, confirmou o Instituto Nacional de Estatística esta segunda-feira. Esta é a percentagem mais elevada desde o início da série disponibilizada pelo instituto, ou seja, desde 1995.
Segundo o organismo de estatística, “a receita nominal aumentou sensivelmente na mesma proporção em cada uma das três grandes componentes da carga fiscal”. Assim, aumentou 6,5% nos impostos diretos, 6,4% nos impostos indiretos e 6,6% nas contribuições sociais.
No total, registou-se uma subida de mais 4,3 mil milhões de euros do que em 2017, impulsionada sobretudo pelas receitas do IVA e do IRS. As receitas das duas rubricas subiram cerca de 1.040 milhões de euros e 704 milhões de euros, respetivamente. Já as contribuições sociais efetivas, tiveram um acréscimo de 1.186 milhões de euros.
Os dados discriminados do INE apontam que relativamente aos impostos diretos, a receita do imposto sobre o rendimento de pessoas singulares (IRS) cresceu 5,6%, tendo a receita do imposto sobre o rendimento de pessoas coletivas (IRC) subido 9%. Ou seja, a receita de IRC aumentou em cerca de
536 milhões de euros, em 2018, após o aumento de 557 milhões de euros, no ano anterior.
Segundo o organismo de estatística, excluindo os impostos recebidos pelas Instituições da União Europeia, Portugal manteve em 2018, ainda assim, uma carga fiscal inferior à média da União Europeia, isto é de 35,2%, que compara com 39,4% para a União Europeia a 28.
“Em 2018, entre os 28 Estados Membros, Portugal foi o 12º com menor carga fiscal, um pouco acima de Espanha (34,7%), mas inferior, por exemplo, à Grécia (38,7%) e Itália (41,9%)”, explica.
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