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França: Lecornu promete Orçamento e tenta afastar dissolução

Sébastien Lecornu evoca uma “convergência” política entre vários partidos para “ter um Orçamento” antes do final de 2025 – e que terá como função, entre outras, afastar qualquer necessidade de dissolução da Assembleia Nacional.
8 Outubro 2025, 09h22

O primeiro-ministro demissionário de França, Sébastien Lecornu, voltou esta manhã a falar aos franceses para lhes explicar que há uma movimentação entre os partidos para que o país possa contar com um Orçamento do Estado até ao final do ano – e que esse facto tornará desnecessária uma dissolução da Assembleia Nacional. “Tenho boas razões para dizer que entre as boas notícias (…) há o desejo de ter um Orçamento para a França antes de 31 de dezembro deste ano “, declarou em Matignon, sede do governo gaulês.

“Esse desejo cria um movimento e uma convergência, obviamente, que afasta a perspetiva de dissolução “, acrescentou. “Isso não basta” para acabar com a grave crise política, concordou, no entanto. “Este orçamento obviamente precisa de incluir um certo número de parâmetros que permitam à França avançar”.

Lecornu enfatizou que a redução do défice é a “chave, inclusivamente, para a credibilidade da assinatura da França no exterior, a nossa capacidade de, simplesmente, tomar empréstimos “. Segundo disse, “todos concordam que a meta do défice público deve ser mantida abaixo de 5%, claramente entre 4,7% e 5% definitivamente”, afirmou.

O primeiro-ministro cessante também mencionou a Nova Caledônia, “um assunto de grande preocupação” com “textos importantes a serem adotados nos próximos dias” e atualmente bloqueados por causa da crise política.

Segundo a imprensa francesa, Lecornu continua a encontrar-se com os partidos, desta vez que as forças de esquerda: o Partido Socialista, os Ecologistas e o Partido Comunista, que receberá separadamente em Matignon esta manhã. A agenda contempla “ver quais concessões estão eles a pedir aos outros partidos políticos para garantir essa estabilidade, quais concessões estão também dispostos a fazer, se necessário, para a permitir”.

O primeiro-ministro demissionário irá ao Palácio do Eliseu esta noite “para apresentar ao presidente da República as soluções que estão sobre a mesa”. E especificou que, “se necessário “, falará novamente esta noite, “antes ou depois” de falar com o chefe de Estado.


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