Lucros da Sonaecom derrapam mais de 26% para os 45,5 milhões

Os resultados diretos do grupo Sonaecom registaram 61,5 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano (9M25), uma derrapagem de 8% em relação aos 66,8 milhões verificados no período homólogo do ano passado. Houve um contributo de 63,3 milhões do negócio da NOS, explica a Sonaecom em comunicado enviado à CMVM. Mas o resultado líquido atribuível a acionistas atingiu 45,5m nos 9M25, “com um contributo negativo dos resultados indiretos. No ano passado, o lucro atribuível a acionistas foi de 61,7 milhões, pelo que a derrapagem ascendeu, neste item, aos 26,3%.

A NOS reportou ao mercado os seus resultados relativos ao terceiro trimestre desde ano no dia 27 de outubro, atingindo um crescimento da rentabilidade, sustentado por uma execução disciplinada e um foco contínuo na excelência operacional, apesar do cenário desafiante que se vive no mercado de telecomunicações em Portugal.

A receita consolidada alcançou os 457 milhões de euros no terceiro trimestre (-1,2% yoy), fortemente impactada pelo decréscimo registado no negócio de Cinemas e Audiovisuais devido à ausência de sucessos de bilheteira neste período, em contraponto com o 3T24 que teve o filme mais visto de sempre em Portugal. O EBITDA consolidado aumentou 2,7% para 223 milhões no 3T25, impulsionado pelo resultado sólido quer do negócio de Telecomunicações quer do negócio de TI.

Nas contas consolidadas da Sonaecom, contributo dos resultados da NOS pelo método de equivalência patrimonial ascenderam a 23,3 milhões de euros no 3T25, representando um acréscimo de 33,1% face aos 3T24, maioritariamente justificado pela sólida performance operacional da NOS, refere o comunicado.

A Bright Pixel “continuou a executar de forma diligente a sua estratégia de investimento, acrescentando cinco novas empresas ao portefólio e mantendo um ritmo sólido de reciclagem de capital, enquanto geria o seu portefólio de mais de 55 empresas em todo o mundo nos segmentos de cibersegurança, tecnologias de retalho, infraestruturas digitais e business applications”.

O NAV e o Capital Investido no portefólio ativo foram de 341 milhões e de 240 milhões, respetivamente, representando um cash-on-cash potencial de 1,4x no atual portfólio. “A Estrutura de Capitais mantém-se robusta com uma posição de liquidez de 209 milhões” e o volume de negócios consolidado a ascender 3,6 milhões no 3T25 e 12,6 milhões nos 9M25, representando decréscimos de 11,3% e 4,9% quando comparados com o 3T24 e os 9M24, respetivamente.

O EBITDA alcançou os 21,4 milhões no 3T25 (55,7 milhões nos 9M25), um valor superior ao registado no 3T24, devido à maior contribuição da NOS consolidada pelo método de equivalência patrimonial. A contribuição das empresas consolidadas pelo método de equivalência patrimonial aumentou de 17,5 milhões para 23,3 milhões de euros no 3T25, devido ao melhor resultado da NOS. No entanto, ressalva o grupo, nos 9M25, essa contribuição diminuiu de 70,2 milhões para 63,3 milhões, “refletindo a ausência de ganhos extraordinários tal como os registados no resultado da NOS nos 9M24, nomeadamente, a mais-valia resultante da venda à Cellnex de um portefólio de torres e os ganhos decorrentes de decisões judiciais favoráveis”.

O jornal ‘Público’, focado numa estratégia digital que alia qualidade do jornalismo a uma imagem inovadora e digital e que tem vindo a reforçar a sua posição de liderança nos jornais diários portugueses e, em particular, no mercado de assinatura digital. Durante o 3T25, o crescimento das receitas de subscrição foi totalmente compensado pela redução das receitas de publicidade, resultando num nível de receitas ligeiramente inferior ao do 3T24 mas com um nível de rentabilidade estável. Nos 9M25, a tendência de evolução da receita é semelhante mas com uma rentabilidade ligeiramente superior face aos 9M24.