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‘Lista negra’ dos Estados Unidos cria tensão em Wall Street

Notícias de que mais empresas chinesas podem integrar a ‘lista negra’ de produtos norte-americanos fazem crescer de novo as preocupações sobre a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.
Reuters
22 Maio 2019, 15h13

A bolsa norte-americana iniciou a sessão desta quarta-feira em território negativo, com um aumento das preocupações dos investidores sobre uma nova escalada de tensão na guerra comercial entre os Estados Unidos e a China. Em causa está o plano dos EUA em alargar a ‘lista negra’ de empresas chinesas, semelhantes à tecnológica Huawei.

O tecnológico Nasdaq desvalorizou 0,30% para 7.762,55 pontos, o alargado S&P 500 desceu 0,33% para 2.854,78 pontos e o industrial Dow Jones caiu 0,36%, para 25.785,15 pontos.

“O Secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, indicou que os Estados Unidos não têm planeado uma visita à China, nota que penaliza o sentimento”, explica Ramiro Loureiro, analista de mercados do Millennium investment banking.

Entre as empresas que poderão sofrer restrições semelhantes à Huawei está a especialista em videovigilância Hikvision e os investidores estão preocupados que a medida possa levar a mais retaliações da China.

“O que os investidores estão a observar é o facto de que isto poderá ser outra retaliação”, referiu Kim Forrest, diretor de investimentos da Bokeh Capital Partners, em Pittsburgh. Um relatório do “South China Morning Post” descobriu que a China começou a repensar a sua relação com os Estados Unidos, embora ainda esteja aberta a negociações comerciais.

A Qualcomm encontra-se entre as empresas mais atingidas após a abertura da sessão, tombando 9,6%, após ter sido acusada de abuso de posição dominante por um juiz norte-americano. Também a Tesla seguiu a tendência de queda e caiu 1,4%, enquanto a Intel desceu 0,8%.

Em contra-ciclo, o Facebook valoriza 0,4%, a Coca-Cola sobe 0,7% e a Netflix cresce 2,9%.

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