A RationalFX elaborou uma lista com as empresas do setor tecnológico que mais despedimentos realizaram este ano. A Intel lidera ao nível global e a Accenture foi a que mais despediu entre as congêneres europeias. No total, foram realizados 241 mil despedimentos com a Intel a ser responsável por mais de 33 mil e a Accenture por 11 mil.
“De acordo com os dados agregados mais recentes, 241.818 funcionários do setor tecnológico foram despedidos este ano. Cerca de 13,5% destes despedimentos, ou 32.596 vagas, ocorreram na Europa, com a empresa irlandesa de serviços profissionais Accenture a liderar a lista com 11 mil despedimentos”, salienta a RationalFX.
No ranking, que compila dados desde janeiro de 2025, e ao nível europeu, a Accenture surge no topo com 11 mil despedimentos seguida pela Telefónica (sete mil), STMicro (cinco mil), Northvolt (três mil), Tele2 (650), Just Eat Takeaway (450 despedimentos), Amadeus (400), Arrival (400), Better Collective (300), Stripe (300), TomTom (300), Wise (300).
“A Irlanda é o país europeu com o maior número de despedimentos no setor tecnológico até à data em 2025, com 11.500 postos de trabalho cortados. Segue-se a Espanha, com 7.450 despedimentos, e a Suíça, com 5.156 postos de trabalho perdidos”, refere a RationalFX.
Os dados compilados pela RationalFX referem que apesar dos despedimentos na Europa serem “significativos” acabam por ser “insignificantes” em comparação com os das principais empresas tecnológicas norte-americanas em 2025.
“A Intel, por exemplo, cortou 33.900 postos de trabalho este ano, com a Amazon e a Microsoft logo atrás, reduzindo os seus quadros de pessoal em 19.555 e 19.215, respetivamente. Em conjunto, estas três empresas cortaram mais de 72.700 postos de trabalho, mais do dobro do total de despedimentos no setor tecnológico em toda a Europa”, salienta a RationalFX.
Contudo a RationalFX admite que os despedimentos na área tecnológica possam ser superiores tendo em conta que “a maioria das empresas raramente” comenta relatórios de despedimentos.
“A onda de despedimentos no setor tecnológico deste ano, que afetou mais de 235 mil colaboradores a nível global e mais de 32 mil na Europa, é impulsionada principalmente por empresas que estão a cortar funções que podem ser desempenhadas de forma mais eficiente pela inteligência artificial (IA) e pela automação, ao mesmo tempo que investem simultaneamente em tecnologias emergentes, mesmo com grandes empresas como a Microsoft, Meta e Amazon a continuarem a apresentar lucros expressivos. Na Europa, o crescimento económico mais lento, as pressões na cadeia de abastecimento e os desafios regulamentares estão a agravar a redução da força de trabalho, tornando a adaptabilidade essencial tanto para os colaboradores como para as empresas. Aqueles que conseguirem requalificar-se e migrar para funções alinhadas com o crescimento futuro estarão em melhor posição neste cenário em rápida evolução”, refere o analista da RationalFX, Alan Cohen.
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