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Guiné-Bissau: UE preocupada com situação no país pede regresso da ordem constitucional

A UE disse que “notou com preocupação os desenvolvimentos na Guiné-Bissau”, num comunicado de divulgou 24 horas depois de a Lusa pedir um comentário aos acontecimentos naquele país africano lusófono.
27 Novembro 2025, 18h37

A União Europeia (UE) está a acompanhar “com preocupação os desenvolvimentos na Guiné-Bissau”, após um golpe militar na quarta-feira, e pediu o “regresso célere à ordem constitucional” do país e contenção para evitar mais violência.

A UE disse que “notou com preocupação os desenvolvimentos na Guiné-Bissau”, num comunicado de divulgou 24 horas depois de a Lusa pedir um comentário aos acontecimentos naquele país africano lusófono.

“Pedimos o regresso célere à ordem constitucional e a reassunção do processo eleitoral”, apelou o bloco comunitário europeu, insistindo que a contagem dos votos, que estava na fase final, devia continuar como planeado.

Para a UE, os resultados das eleições presidenciais e legislativas “devem ser respeitados por todas as partes”.

“A UE apela que se abstenham de todas as ações violentas e pede que se respeitem os direitos fundamentais e liberdades de todas as pessoas detidas extrajudicialmente”, finaliza o breve comunicado.

O general Horta Inta-A foi empossado hoje Presidente de transição da Guiné-Bissau, numa cerimónia que decorreu no Estado-Maior General das Forças Armadas guineense, um dia depois de os militares terem tomado o poder no país, antecipando-se à divulgação dos resultados das eleições gerais de 23 de novembro.

Os militares anunciaram a destituição do Presidente Umaro Sissoco Embaló, suspenderam o processo eleitoral, os órgãos de comunicação social e impuseram um recolher obrigatório.

As eleições, que decorreram sem registo de incidentes, realizaram-se sem a presença do principal partido da oposição, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), e do seu candidato, Domingos Simões Pereira, excluídos da disputa e que declararam apoio ao candidato opositor Fernando Dias da Costa.

Simões Pereira foi detido e a tomada de poder pelos militares está a ser denunciada pela oposição como uma manobra para impedir a divulgação dos resultados eleitorais.


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