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Amazon investe 50 mil milhões para reforçar capacidade de IA e supercomputação

Investimento é dirigido a clientes governamentais dos EUA que fazem uso da Amazon Web Services, que é o serviço de cloud da tecnológica. Iniciativa acrescenta quase 1,3 gigawatts de capacidade de inteligência artificial e supercomputação nas regiões AWS Top Secret, AWS Secret e AWS GovCloud (EUA).
Amazon
28 Novembro 2025, 09h18

A Amazon vai investir até 50 mil milhões de dólares (43,2 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual) na expansão dos seus recursos de inteligência artificial (IA) e supercomputação para clientes governamentais dos Estados Unidos que fazem uso da Amazon Web Services (AWS), que é o serviço de cloud (ou nuvem na tradução portuguesa) da tecnológica.

As obras devem iniciar-se em 2026 permitindo à tecnológica dirigida por Andy Jassy acrescentar quase 1,3 gigawatts de capacidade de inteligência artificial e supercomputação nas regiões AWS Top Secret, AWS Secret e AWS GovCloud (Estados Unidos), através da construção de data centers (centros de dados na tradução portuguesa) com tecnologias avançadas de computação e rede.

“As agências federais terão acesso alargado aos serviços abrangentes de inteligência artificial da AWS, incluindo o Amazon SageMaker AI para treino e personalização de modelos, o Amazon Bedrock para a implementação de modelos e agentes, o Amazon Nova, o Anthropic Claude e os principais open-weights foundation models (modelos de ‘base de pesos abertos’ numa tradução livre), bem como os chips de inteligência artificial AWS Trainium e a infraestrutura de inteligência artificial da Nvidia.

“Isto permitirá às agências desenvolver soluções de inteligência artificial personalizadas, otimizar conjuntos de dados massivos e aumentar a produtividade da força de trabalho”, refere a empresa tecnológica.

Estas ferramentas vão estar disponíveis para os atuais e futuros clientes do governo dos Estados Unidos nas regiões AWS Top Secret, AWS Secret e GovCloud (Estados Unidos), confirmou a Amazon, com o objetivo de “reforçar a liderança americana em inteligência artificial e fornecer às agências federais a infraestrutura segura e escalável de que necessitam para a próxima era de inovação”.

A Amazon sublinha que este investimento feito pela tecnológica deve permitir às agências governamentais “acelerar a descoberta e a tomada de decisões” em todas as missões governamentais.

“Ao integrar dados de simulação e modelação com inteligência artificial, as agências podem realizar em horas o que antes demorava semanas ou meses, através de ciclos de direcionamento experimental autónomo e de feedback em tempo real. As equipas de investigação podem processar décadas de dados de segurança globais em centenas de variáveis ​​em tempo real, transformando análises de padrões complexos em insights acionáveis ​​instantâneos, ao mesmo tempo que reduzem drasticamente conjuntos de dados maciços”, explica a empresa tecnológica dirigida por Andy Jassy.

“A computação avançada pode transformar dados anteriormente fragmentados da cadeia de abastecimento, da infraestrutura e do ambiente numa imagem unificada. Os fluxos de trabalho de defesa e inteligência que anteriormente exigiam semanas de análise manual podem detetar ameaças automaticamente e gerar planos de resposta, processando imagens de satélite, dados de sensores e padrões históricos a uma escala sem precedentes. Esta integração da inteligência artificial ​​com a modelação e simulação posiciona os Estados Unidos para enfrentar os seus desafios mais complexos com uma velocidade e precisão sem precedentes”, acrescenta a Amazon.

A empresa tecnológica acredita que este investimento vai permitir transformar missões críticas do governo e da base industrial dos Estados Unidos, que vão desde a segurança nacional à investigação e inovação científica — incluindo o desenvolvimento de sistemas autónomos, cibersegurança, inovação energética e investigação na área da saúde — “posicionando os Estados Unidos para liderar a próxima geração” de descobertas computacionais.

O investimento “apoia diretamente” as prioridades delineadas no Plano de Ação de inteligência artificial do Governo, bem como outras iniciativas de computação avançada implementadas em infraestruturas de inteligência artificial e cloud (ou nuvem) seguras e baseadas nos Estados Unidos, salienta a empresa tecnológica.

“O nosso investimento em infraestruturas de inteligência artificial e cloud (ou nuvem) governamental construídas especificamente para este fim transformará fundamentalmente a forma como as agências federais aproveitam a supercomputação”, referiu o CEO da AWS, Matt Garman.

“Estamos a dar às agências acesso alargado a recursos avançados de inteligência artificial que lhes permitirão acelerar missões críticas, desde a cibersegurança à descoberta de medicamentos. Este investimento remove as barreiras tecnológicas que têm impedido o governo e posiciona ainda mais os Estados Unidos para liderar a era da inteligência artificial”, acrescentou Matt Garman.

É ainda dito pela tecnológica que este investimento vai “reforçar a importância estratégica” da inteligência artificial ​​e da supercomputação para “manter a superioridade tecnológica, proteger as infraestruturas críticas e impulsionar a inovação industrial”.

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