O ministro da Presidência afirmou hoje que o Governo mantém “disponibilidade negocial” com os sindicatos sobre as alterações à lei laboral, mas também a “dificuldade em compreender” a greve geral convocada por UGT e CGTP para dia 11.
No final da conferência de imprensa da reunião semanal do Conselho de Ministros, António Leitão Amaro, questionado sobre este tema, defendeu que a proposta do Governo de alteração do Código do Trabalho é apenas “um anteprojeto de negociação”.
“Da nossa parte, a mesma disponibilidade negocial de sempre, a mesma dificuldade de compreender um exercício de alguns, que prejudicará, a concretizar-se, milhões”, criticou.
O ministro procurou, depois, fazer um contraponto entre a posição do Governo e a das centrais sindicais: “creio que não há, hoje, pessoa em Portugal que não saiba que se uns dizem ‘greve e pára’, nós dizemos reforma, com diálogo e com aproximações”, frisou.
“Da nossa parte, estamos para reformar, mas estamos a dialogar. Outras medidas, posições unilaterais, que acabam a prejudicar aos portugueses no seu todo, deixo com eles e não quero degradar e contribuir para a degradação do clima negocial que nós queremos que seja frutífero”, disse.
Leitão Amaro defendeu que a proposta do Governo irá beneficiar, sobretudo, “os mais jovens”, que continuam a ser penalizados pelo atual regime laboral, e “têm níveis de desemprego três vezes o desemprego geral, níveis de precariedade três vezes a precariedade geral”.
“É uma reforma a pensar no futuro, no futuro da digitalização, da mudança no mercado de trabalho, da inteligência artificial, nas possibilidades de teletrabalho”, considerou.
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