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Ministro da Economia: “É adequado revisitar as regras do orçamento, do défice e da dívida” a nível europeu

“É adequado revisitar as regras do orçamento, do défice e da dívida, visto que a maior parte dos estados-membros sairá desta crise com grandes níveis de dívida pública, precisamente por terem dado resposta à crise”, defendeu hoje Pedro Siza Vieira numa audição no Parlamento Europeu.
Harry Murphy / Web Summit
28 Janeiro 2021, 11h25

O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, esteve virtualmente presente no Parlamento Europeu e abordou a resposta dos países europeus à crise causada pelo novo coronavírus, garantindo que a diferença entre a última crise e a atual foi as finanças disponíveis por cada estado-membro.

“A principal diferença entre esta e a última crise não é a origem. Primeiro tínhamos uma crise com origem no sector financeiro, não é uma crise de dívida ou endividamento excessivo”, disse o ministro da Economia e Transição Digital através do seu gabinete. “A principal diferença é que as finanças de cada estado-membro não lhes permite responder adequadamente à crise”.

Questionado sobre a resposta da União Europeia à crise causada pela Covid-19, Siza Vieira classificou a resposta como “comum”, com “uma dimensão significativa que criou vários caminhos para dar resposta a esta crise”.

O próximo passo da Presidência Portuguesa na União Europeia é garantir a implementação dos planos de recuperação nacional e das regras que aprovam os mesmos, com Pedro Siza Vieira a admitir aos eurodeputados que este é um passo necessário para a recuperação económica de todos os estados-membros.

“É adequado revisitar as regras do orçamento, do défice e da dívida, visto que a maior parte dos estados-membros sairá desta crise com grandes níveis de dívida pública, precisamente por terem dado resposta à crise”, explicou o ministro português perante os eurodeputados.

Pedro Siza Vieira adiantou ainda que no Conselho da Competitividade, “o que queremos garantir é que implementamos rapidamente as respostas imediatas à crise”, sendo que posteriormente “poderemos sopesar e ver o estado da União Europeia e que tipo de elações podemos retirar”.

O ministro da Economia português adiantou que a Presidência Portuguesa irá continuar com o progresso realizado na UE para responder à crise “quer na frente sanitária, frente económica e frente social”. Pedro Siza Vieira apontou que a presidência irá continuar a criar “os alicerces para um futuro mais próspero, inclusivo e onde podemos ter uma economia europeia competitiva a nível global, e capaz de criar empregos seguros com bons salários”.

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