O Banco Santander lucrou menos 13,9% no primeiro semestre devido aos custos de reestruturação decorrentes da integração do Banco Popular e à queda do seu negócio no Reino Unido. No segundo trimestre a queda dos resultados foi de 18% para 1.391 milhões.
O lucro semestral do banco foi de 3.231 milhões de euros, depois de ter constituído dotações de 814 milhões para custos de reestruturação em Espanha e no Reino Unido. O banco quer cortar em 1.000 milhões por ano a sua base de custos.
Apesar da queda dos lucros as ações do banco estão a subir a refletir que os números superam o que era esperado pelos analistas.
A margem financeira bruta do grupo cifrou-se em 24.436 milhões e a líquida em 12.894 milhões de euros, acima do esperado.
O rácio de eficiência que mede o peso dos custos sobre os proveitos ficou em 47,4%. O malparado caiu para um rácio de 3,51%.
Destaque ainda para o facto de o rácio de capital CET1 ter subido, no segundo trimestre, 7 pontos base para 11,3%.
O grupo assegura que se “mantém como um dos bancos mais rentáveis e eficientes do mundo”, com uma taxa de retorno do capital tangível (RoTE) ordinário de 11,7%.
Em Portugal, o resultado que contribui para o consolidado do grupo aumentou 14%, para 260 milhões de euros, enquanto os custos continuaram a diminuir, segundo o relatório e contas do primeiro semestre do banco espanhol.
O Brasil continua a ser o principal motor de crescimento do grupo espanhol, ao contribuir com 28% do resultado líquido. O mercado doméstico do Santander contribui com 13% para os lucros consolidados.
Já a divisão do Santander Consumer Finance teve lucros de 658 milhões, o que traduz uma queda de 1,4%.
Os acionistas do banco aprovaram esta manhã um aumento de capital de 2,56 mil milhões para recomprar os 25% que não detém na filial do México.
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