O Relatório de Competitividade em Viagens e Turismo 2019, divulgado pelo Fórum Económico Mundial, revelou que Cabo Verde caiu cinco posições neste ‘ranking’, ficando, assim, no 88º lugar este ano.
Cabo Verde ocupou o 83º lugar em 2017, a nível mundial, e o 1º no continente africano, numa zona geográfica em que foram avaliados 13 países da África Ocidental. Entretanto, segundo o relatório deste ano, Cabo Verde passou para a 88ª posição como país mais competitivo no turismo a nível mundial e 6º na região da África Subsariana, caindo assim cinco posições, comparativamente a 2017.
No entanto, salienta o documento, o arquipélago é o país mais alto do ‘ranking’ da África Ocidental no índice global e o sexto mais alto na sub-região africana, tendo alcançado a média de 3.6 pontos, numa escala de 1 a 7 valores, e numa lista onde figura um total de 140 países.
Para a classificação dos países mais competitivos do mundo neste setor, o Fórum Económico Mundial tem em conta 14 indicadores, entre os quais: ambiente de negócios, segurança e proteção, saúde e higiene, recursos humanos e mercado de trabalho, competitividade e preço, sustentabilidade ambiental, infraestruturas de transportes aéreos e marítimos, infraestruturas de serviços truísticos, priorização de viagens e turismo, recursos culturais e viagens de negócios.
Os indicadores são divididos em quatro categorias como ambiente, política, infraestrutura e recursos culturais e naturais, tendo a mesma fonte considerado que Cabo Verde a nível dos países da África Subsariana é o mais competitivo em todas as áreas, exceto nos indicadores de recursos culturais (128º) e naturais (136º).
A nível africano, de acordo com os dados do relatório, o arquipélago ficou atrás de países como Maurícias, África do Sul, Seicheles, Namíbia e Quénia, Venezuela, Sri Lanka e Equador estão entre os países que mais caíram, 13 posições.
O maior partido da oposição de Cabo Verde, o Partido Africano de Independência de Cabo Verde (PAICV), considera que esta descida de cinco pontos pode prejudicar o crescimento da economia, uma vez que o país “ está a perder competitividade” e pode implicar “retração para aqueles que pretendem visitar o país e, consequentemente, para os investimentos externos”.
Para o PAICV, o governo está a falhar o cumprimento das promessas que assumiu com os cabo-verdianos de chegar a 2021 no top 30 dos países mais competitivos do mundo em matéria do turismo, promover as externalidades positivas do turismo, “através da constelação turismo, abrangendo a agricultura, as pescas, a cultura e o desporto.”
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com