O Presidente da República já sinalizou quem é que vai receber a vacina no Palácio de Belém, um total de quatro pessoas. Marcelo Rebelo de Sousa e o pessoal médico da Presidência da República, um médico e duas enfermeiras, vão ser os únicos a receber a vacina em Belém, revela o Diário de Notícias.
Esta decisão tem lugar depois de o próprio Presidente da República ter lançado um aviso a 28 de janeiro sobre os riscos de inúmeros titulares de cargos políticos passarem à frente de idosos e pessoas com doenças graves.
“Ninguém de bom senso quereria fazer passar centenas ou um milhar de titulares de cargos políticos, ou de funcionários, por muito importantes que fossem, de supetão, à frente de milhares de idosos, com doenças as mais graves, e, por isso, de mais óbvia prioridade”, alertou então Marcelo Rebelo de Sousa.
O líder do maior partido da oposição já veio a público criticar a decisão do Governo de alargar as prioridades na vacinação a vários responsáveis políticos e institucionais, além dos órgãos de soberania.
“O Governo errou ao não incluir os principais decisores políticos nas prioridades de vacinação. Quando corrige, volta a errar por via do exagero. Não inclui os médicos do setor privado, mas alarga, p.ex., à globalidade dos órgãos de soberania. Falta firmeza e bom-senso”, disse Rui Rio a 26 de janeiro.
Nas últimas semanas, têm vindo a público vários casos de ultrapassagem indevida na lista de prioritários na vacinação por todo o país. Um dos casos mais conhecidos foi o de 126 funcionários da Segurança Social em Setúbal que foram vacinados sem estar na lista de prioridades. O caso culminou com a demissão da diretora do centro distrital de Setúbal, Natividade Coelho, que também recebeu indevidamente a vacina.
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