A vice-presidente do Instituto da Segurança Social (ISS) revelou numa audição parlamentar esta manhã que a instituição já identificou um total de 764 lares ilegais desde o início de 2020, mas que este número tem flutuações consoante o cruzamento de dados.
Em resposta ao deputado Moisés Ferreira do Bloco de Esquerda, Catarina Marcelino admite que as listas dos lares não licenciados são dinâmicas devido aos dados cruzados entre a Proteção Civil e Centros Distritais de Segurança Social que posteriormente são entregues ao ISS. “Neste momento são 794 [lares não licenciados] e no próximo mês voltamos a consolidar informação e apresentaremos um novo número”, admitiu Catarina Marcelino.
Além deste valor, a vice-presidente do ISS admitiu ainda que há 168 mil vacinas com destino aos lares de idosos, cuidados continuados integrados, residências para pessoas com deficiência e também lares ilegais, sendo que esta semana já foram vacinadas seis mil pessoas. A vacinação de profissionais e utentes dos lares de idosos está a ser articulada entre a entidade e o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES).
Outra informação destacada por Catarina Marcelino durante a audição da Comissão de Saúde é que ainda faltam vacinar 23 mil pessoas nos lares onde ainda existem surtos ativos de Covid-19.
A ex-deputada socialista adiantou ainda que foram feitas 1.475 ações inspetivas no ano passado, tendo sido notificados um total de 483 lares não licenciados para que fechassem portas. Até à data, deste número apenas encerraram 104 onde se verificava “perigo iminente ou potencial para os idosos que lá viviam”. “Destes 104 [lares ilegais], 99 foram encerrados com carácter de urgência e os idosos foram retirados e acolhidos ou na família ou por resposta dentro da resposta solidária”, continuou.
Catarina Marcelino acrescentou que o primeiro contacto, quando identificado um lar ilegais, é feito para as famílias dos utentes que se encontram nos espaço. “Muitas vezes as famílias encontram as suas soluções e levam-nos para casa. Nós tentamos que não voltem a colocar as pessoas em lares ilegais e fazemos o acompanhamento do caso para perceber o que vai acontecer”, destacou.
No caso de idosos isolados nas suas habitações por estarem infetados, a vice-presidente afirmou que estes casos são acompanhados pelas forças de segurança, nomeadamente PSP e GNR, e também pelos centros de saúde.
Em resposta à deputada Diana Ferreira do Partido Comunista Português, Catarina Marcelino afirmou que o ISS conseguiu reforçar os trabalhadores nos lares devido ao programa MAREESS do IEFP, tendo sido colocadas 14 mil pessoas em 1.645 instituições. Este reforço nas instituições deve-se ao facto de muitos profissionais ficarem infetados no cumprimento do seu trabalho, e também para evitar sobrecarregar o horário de trabalho dos trabalhadores que ficam nas instituições.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com