O processo de impeachment contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, levou o seu advogado pessoal, Rudy Giuliani, o ex-presidente de Nova Iorque, a produzir curiosas declarações sobre… Hilary Clinton.
Giuliani, que os jornais norte-americanos apontam como estando profundamente envolvido nos esforços de Trump para solicitar a ajuda do governo da Ucrânia à sua candidatura à reeleição em 2020, deu uma entrevista à cadeia ABC em que afirmou que “eu não estou a investigar Joe Biden, deparei-me com Joe Biden ao investigar como os ucranianos conspiravam com a campanha de Hillary Clinton para entregar contra-informação”.
A leitura dos analistas é que Giuliani está a tentar lançar uma malha sobre o caso, na tentativa de tornar tudo o mais confuso possível, esperando assim multiplicar incongruências e deixando no ar pontas soltas que ajudem à nebulosa.
Aparentemente, isso está a ser conseguido. As declarações sobre o assunto que promoveu o impeachment são tantas e tão diversas, que começa a ser difícil aos norte-americanos terem uma ideia clara sobre o que se está a passar.
Um dos sentidos da defesa de Trump e Giuliani parece ser de tentar denegrir o personagem que delatou a conversa que o presidente terá tido com o seu homólgo ucraniano. De qualquer modo, Trump parece estar a perder o apelo à opinião pública: uma sondagem da da CBS News afirma que 55% dos norte-americanos aprovam a decisão de abrir um inquérito de impeachment.
Mas a sondagem sugere também que uma coisa é o processo outra coisa é o seguimento que ele terá: apenas 42% disseram que pensavam que Trump merecia ser impugnado, com 36% dizendo que não e 22% ainda indecisos.
Segundo os jornais, o inquérito de impeachment lançado pelos democratas tem alguns dias, mas começou a ganhar velocidade vertiginosa. No meio da confusão instalada, o Congresso poderá chamar dois diplomatas para testemunharem: Kurt Volker, enviado especial para a Ucrânia que renunciou na sexta-feira passada, e Marie Yovanovitch, que foi abruptamente retirada do seu posto de Embaixadora em Kiev no último mês de maio, no que foi amplamente considerado como perseguição política.
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