[weglot_switcher]

Elisa Ferreira vai ser hoje ouvida como comissária no Parlamento Europeu

A audição  faz parte do processo de constituição da Comissão Europeia e contará com a presença de eurodeputados das comissões de Orçamentos e de Assuntos Económicos e Monetários.
  • Twitter
2 Outubro 2019, 07h42

A comissária indigitada Elisa Ferreira, que vai integrar o futuro executivo comunitário, vai ser esta quarta-feira ser ouvida pela comissão de Desenvolvimento Regional no Parlamento Europeu. A audição  faz parte do processo de constituição da Comissão Europeia e contará com a presença de eurodeputados das comissões de Orçamentos e de Assuntos Económicos e Monetários.

Desde o início desta semana, que os 26 comissários designados para a Comissão Europeia presidida pela alemã Ursula von der Leyen estão a ser chamados para audições perante a comissão parlamentar competente pelas pastas que vão tutelar. Até agora, Ursula von der Leyen sofreu dois reveses, com o chumbo dos comissários indigitados pela Roménia e pela Hungria.

Em causa estiveram “conflitos de interesses potenciais ou reais dos comissários indigitados” pela presidente eleita do executivo comunitário, que impossibilitaram a romena Rovana Plumb e o húngaro László Trócsányi de participar nas audições agendadas.

Segundo o Politico, a romena Rovana Plumb, a quem coube a pasta dos Transportes, não terá declarado dois empréstimos no valor de cerca de um milhão de euros e terá levado à comissão de Assuntos Jurídicos do Parlamento Europeu uma declaração de interesses financeiros distinta daquela que tinha declarado na Roménia. Já contra o húngaro László Trócsányi foram levantadas dúvidas quanto à empresa de advocacia que fundou e o Governo de Viktor Orbán.

Elisa Ferreira, candidata nomeada por Portugal, deve ficar responsável pela pasta da Coesão e Reformas na Comissão presidida pela alemã Ursula von der Leyen, mas vai ter de ser ouvida primeiro pelo Parlamento Europeu.

Sob ela, recaíram também dúvidas em relação ao alegado “conflito de interesses” existente entre a pasta que vai tutelar e o cargo do marido, Fernando Freire de Sousa, que é presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) Norte, responsável pela aplicação de fundos comunitários. Antes disso, já tinham sido também levantadas questões sobre a detenção de ações da Sonae SGPS, que entretanto foram vendidas pela comissária designada por Portugal.

Após analisar os esclarecimentos adicionais que havia solicitado, a comissão de Assuntos Jurídicos do Parlamento Europeu deu, entretanto, “luz verde” à comissária indigitada por Portugal.

O Parlamento Europeu deve depois pronunciar-se sobre o colégio, em conjunto, numa votação prevista para dia 22 de outubro, no Parlamento Europeu, em Estrasburgo. Após o aval do Parlamento Europeu, a nova Comissão Europeia deve entrar em funções a 1 de novembro.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.