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Singapura rouba título de economia mais competitiva do mundo aos Estados Unidos

Relatório do World Economic Forum coloca ainda no ‘top três’ Hong Kong. A pressionar a queda dos Estados Unidos para segundo lugar está a maior incerteza dos líderes empresariais.
10 Outubro 2019, 07h42

A incerteza empresarial e a abertura comercial penalizou os Estados Unidos, que caíram para o segundo lugar no ‘ranking’ global de competitividade da economia. No relatório do World Economic Forum (WEF) deste ano, Singapura lidera a avaliação com 84,8 pontos, justificada pela melhor posição nos critérios de infraestruturas, saúde, mercado laboral e sistema financeiro.

“Singapura é o país mais próximo da fronteira [da competitividade]. Entre as grandes economias, os Estados Unidos estão em primeiro lugar e continuam a ser uma potência de inovação. Entre os BRICS, a China ocupa a melhor posição”, explica o WEF, acrescentando que “os lugares mais baixos do ranking são ocupados por economias africanas que ainda não cruzaram a fronteira”.

Num retrato global, o terceiro lugar pertence a Hong Kong, o quarto lugar à Holanda e a o quinta lugar à Suiça.  Os resultados deste ano apontam que a pontuação média das 141 economias analisadas é de 60,7, o que significa que a ‘distância da fronteira’ é de quase 40 pontos.

A pressionar a queda dos Estados Unidos para segundo lugar está a maior incerteza dos líderes empresariais, que se reflete em nove das 12 categorias analisadas, entre as quais a concorrência nacional (menos seis pontos do que em 2018) e na abertura comercial (menos quatro pontos do que no ano passado). Por outro lado, lidera a inovação e mantém-se como tendo um dos sistemas financeiros mais dinâmicos do mundo.

Portugal mantém 34º lugar 

Portugal manteve o 34º lugar, alcançando 70,4 pontos, com o setor da implementação das tecnologias da informação e comunicação a registar a maior subida de pontuação e o mercado do produto a maior descida.

O relatório melhora a pontuação global de Portugal em 0,2 pontos apesar de manter a posição no ranking. A categoria de implementação de tecnologias da informação e comunicação registou a maior subida (4,1 pontos), alcançando 71,2 pontos e o 34º lugar a nível global.

Em contra-ciclo, o mercado do produto registou a maior queda (2,2 pontos), tendo 59,7 pontos e ocupando o 39º lugar a nível mundial. Também o mercado laboral registou uma pior performance, ao perder 1,5 pontos para 63,2 pontos e o 49º lugar.

Ainda assim, a categoria na qual Portugal regista melhor pontuação é a saúde (94 pontos e o 22º lugar), seguido pela ‘estabilidade macro-economica’ que manteve 85 pontos e ocupada o 62º lugar a nível global.

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