[weglot_switcher]

Portugal regista quinto ano seguido de emissões líquidas positivas de títulos

Os dados do BdP revelam que dezembro contribuiu para este resultado anual positivo ao registar 4,5 mil milhões de euros. O saldo positivo verificado em 2020 contou com contribuições líquidas positivas de todos os sectores institucionais.
8 Fevereiro 2021, 12h03

Portugal fechou 2020 com uma emissão líquida positiva de títulos de 33,8 mil milhões de euros, um resultado reforçado pela emissão líquida verificada em dezembro, que ascendeu aos 4,5 mil milhões de euros. Estes dados foram divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal (BdP).

Considerando o ano inteiro, o valor positivo registado pelo quinto ano consecutivo foi motivado sobretudo pelas emissões de títulos de dívida e de ações, ambas positivas, a primeira de 29,5 mil milhões de euros e a segunda de 4,3 mil milhões de euros.

Todos os sectores apresentaram emissões líquidas positivas no passado ano, com as administrações públicas a liderarem a estas categorias, ao registarem 20,7 mil milhões de euros. As sociedades financeiras apresentaram 7,0 mil milhões de euros e as não-financeiras 6,1 mil milhões de euros.

Analisando apenas o mês de dezembro, o resultado foi alcançado através da emissão líquida de 2,4 mil milhões de euros em títulos de dívida e de 2,1 mil milhões de euros de ações. Estas dividem-se por sector em institucional em 2 mil milhões de euros resultantes de emissões por sociedades financeiras, enquanto que as não-financeiras representaram 1,8 mil milhões. Já as administrações públicas registaram 0,7 mil milhões de euros.

O BdP reporta ainda que os residentes nacionais assinalaram um saldo de títulos emitidos de 484,7 mil milhões de euros, o que representa um acréscimo de 5,8 mil milhões em relação ao final de novembro. A publicação explica que este resultado se deveu, além das emissões acima referidas, à valorização de ações cotadas de não-financeiras.

Comparando com o final de 2019, verifica-se um aumento de 28,7 mil milhões de euros, atribuível às emissões líquidas positivas explicadas previamente, que foram ainda assim parcialmente compensadas pela desvalorização de ações de sociedades não-financeiras e financeiras, que caíram 4,5 e 1,7 mil milhões de euros, respetivamente.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.