Os responsáveis municipais de Porto Novo, em Cabo Verde, persistem com as ações de promoção das pozolanas nesta autarquia, na ilha cabo-verdiana de Santo Antão, com vista a encontrar investidores para esta indústria, que está paralisada há mais de seis anos.
A autarquia portonovense tem aproveitado a visita ao município do Porto Novo de vários grupos de empresários para mostrar as potencialidades que este concelho dispõe a nível deste recurso natural e promover esta indústria, que começou a ser dinamizada a partir dos anos 40.
A partir de 2005, com a instalação da empresa Cabocem, por parte de um grupo económico italiano, esta cimenteira ganhou um novo impulso, mas o encerramento da fábrica, que produzia cimento pozolânico, viria a acontecer em Junho de 2013, por alegadas dificuldades financeiras.
A partir dessa data, a câmara do Porto Novo, conjuntamente com o Governo, desencadeou uma autêntica “ofensiva diplomática” na tentativa de encontrar um parceiro estratégico para essa indústria de grande potencial em Santo Antão, cujas jazidas estimam-se à volta de dez milhões de toneladas.
Entretanto, o parceiro estratégico que o Governo e a câmara do Porto Novo têm estado à procura, nesses anos, para o relançamento da indústria de pozolanas, pode chegar da Ásia, mais exatamente da China ou da Índia ou mesmo da Europa, segundo os responsáveis municipais.
De acordo com a autarquia portonovense, há “pelo menos” dois investidores, um dos quais de origem chinesa, que estão interessados em apostar nesta cimenteira. Apesar do seu subaproveitamento, as pozolanas são consideradas “um recurso estratégico” para o desenvolvimento económico de Santo Antão.
O presidente da câmara do Porto Novo, Aníbal Fonseca, manifesta “muita esperança” em que se consiga “engajar investidores consistentes” nesta indústria.
Saliente-se que o encerramento da fábrica tem estado a inquietar os portonovenses que, já por inúmeras vezes, pediram aos responsáveis locais para junto do Governo encontrarem “uma saída” para esta unidade industrial.
A fábrica de cimento pozolânico do Porto Novo foi instalada, em 2005, por um grupo de investidores italianos, num investimento que rondou os 500 mil contos. Com um contrato de concessão da exploração das reservas de pozolanas por um período de 25 anos, o grupo de investidores tinha proposto produzir 80 a 100 mil toneladas de cimento pozolânico/ano, além de derivados (telhas e outros) para o mercado nacional.
A unidade, pouco tempo depois da sua inauguração, começaria a enfrentar dificuldades e acabou por encerrar as portas, em 2013.
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