O ministro da Defesa de Israel, Naftali Bennett, alertou este fim-de-semana para que a continuada presença do Irão no palco de guerra da Síria tenderá a transformar aquele país num novo Vietname. Bennett disse em conferência realizada em Jerusalém que o que o Irão está a fazer na Síria e no Líbano é o mesmo que sucedeu na década de 60 e 70 do século passado na Ásia – onde os Estados Unidos se atolaram numa guerra que, apesar do seu poder militar, não conseguiram ganhar.
Naftali Bennett disse ainda que esse posicionamento do Irão está a atear fogo em Israel, alegando que forças pró-iranianas estacionadas no Líbano, na Síria e na Faixa de Gaza estão a trabalhar em conluíu contra o seu país. Israel lançará uma forte operação defensiva para responder a qualquer ataque, prometeu.
O Ministro da Defesa de Israel revelou que o seu país enfrentará grandes ameaças no próximo ano e que as Forças Armadas de Israel estão prontas para qualquer operação, seja na Síria, no Líbano ou na Faixa de Gaza.
O momento é particularmente delicado, numa altura em que a imprensa israelita afirma que o presidente do país, Reuven Rivlin, “está 99% persuadido de que o país terá de realizar novas eleições”, na tentativa de encontrar um governo estável.
O péssimo estado das relações entre Israel e o Irão só piorou um pouco mais com a guerra na Síria – num palco onde a posição dos iranianos alinhou com o coletivo internacional contra o Daesh, o que levou à aproximação com os interesses do Ocidente.
E apesar de entretanto os Estados Unidos terem saído do acordo nuclear assinado em 2015, o certo é que o Irão tem na União Europeia o seu mais forte aliado atual – o que implicou que Israel tenha sido ‘atirado’ para segundo plano.
O imbróglio judicial que envolver o primeiro-ministro Benjamin Netahyahu – e que ainda só está no princípio – veio piorar ainda mais os desentendimentos entre Israel e a União Europeia. Para os analistas, a reunião entre Netanyahu e o secretário de Estado da Defesa norte-americano, Mike Pompeo – que acabou por ter lugar em Portugal – não sucedeu em Londres, para onde chegou a estar marcada, exatamente porque a comunidade internacional está desconfortável (é o mínimo que se pode dizer) com o facto de a autoridade judicial israelita ter acusado Netanyahu, com base em provas consideradas irrefutáveis, de vários crimes, entre os quais corrupção.
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