O presidente da Juventude Popular, Francisco Rodrigues dos Santos, lançou a sua candidatura à presidência do CDS-PP, juntando-se ao deputado João Almeida, ao ex-secretário de Estado Filipe Lobo d’Ávila, ao líder da Tendência Esperança em Movimento Abel Matos Santos e ao militante minhoto Carlos Meira. Num evento realizado num hotel portuense na noite de terça-feira, o quinto candidato à sucessão de Assunção Cristas disse que pretende liderar “um partido que não será do passado nem passivo, e que se assumirá descomplexadamente de direita sem pedir autorização à esquerda para defender as suas ideias”.
Assumindo-se como “um homem profundamente moderado”, mas também profundamente defensor das ideias em que acredita, Francisco Rodrigues dos Santos dirigiu-se ao “povo não socialista que fica órfão sem o CDS”. Entre outros destinatários da mensagem enumerou “os que não querem ser escravos do trabalho, do fisco, da regulamentação ou da burocracia”, “os que querem cuidados de saúde em tempo útil e uma educação de excelência”, “os empresários que não vivem à custa do Estado”, “os renegados do centralismo”, “os católicos e os movimentos de defesa da vida” e “os que querem a língua portuguesa sem a mutilação do acordo ortográfico”.
“É preciso provar aos portugueses que podem voltar a acreditar no CDS, o partido que defende Portugal e as suas tradições de forma intransigente e é capaz de projetar o país para níveis de elevado desenvolvimento e bem-estar”, disse o presidente da Juventude Popular, que começou a intervenção com uma saudação a Fernando Barbosa, presidente da distrital do Porto do CDS-PP e a Fernando Moura e Silva, presidente da Federação dos Trabalhadores Democratas-Cristãos, dois dos dirigentes presentes no hotel portuense.
Apesar de garantir que ninguém deve contar consigo para “ajustes de contas com o passado, para fraturas artificiais ou para personalizar os erros de ontem”, Rodrigues dos Santos realçou que o partido teve o pior resultado de sempre em eleições legislativas a 6 de outubro, sendo necessário assumir erros que reduziram o grupo parlamentar do CDS-PP de 18 para cinco deputados. Aliás, o agora candidato à liderança, número dois da lista pelo círculo do Porto, acabou por não ser eleito para a Assembleia da República.
“Ao nosso partido não basta apenas afinar o tiro e calibrar o discurso. Percisa de produzir um verdadeiro efeito de novidade para ser concorrencialmente forte, tem de mostrar uma nova energia, uma lufada de ar fresco e afirmar-se de novo na cena partidária”, disse o candidato à liderança do CDS-PP, para quem o partido deve ser “a primavera que a direita tem que atravessar para se reinventar e renascer”. Ou, como disse de seguida, “o novo partido antigo que represente uma nova direita em Portugal”.
Também no evento foi apresentada uma equipa “capaz de apresentar respostas coerentes, consistentes e percetíveis”, encarregue de ajudar a elaborar a moção que Rodrigues dos Santos vai levar ao Congresso do CDS-PP, que se vai realizar em Aveiro nos dias 25 e 26 de janeiro de 2020. Entre outros nomes, conta com o professor catedrático da Faculdade de Direito de Lisboa Paulo Otero, o gestor e ex-vice-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa Fernando Paes Afonso, o ex-Chefe do Estado-Maior da Armada almirante Macieira Fragoso, o membro do Conselho Diretivo do Sporting Rahim Ahamad ou o músico e artista Manuel Fúria.
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