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Cuidado com as cabeças de camarão. Estes são os alimentos a evitar no Natal

A presença de metais pesados no marisco leva os especialistas a aconselhar que não se coma em excesso certas partes do mesmo. Moderação é a palavra de ordem no Natal.
24 Dezembro 2019, 13h36

Durante a época festiva os excessos alimentares são normais, mas podem culminar numa mistura explosiva para o funcionamento normal do organismo. Para evitar um dia de Natal mal passado, deverá ter em conta o que ingere.

Comer a cabeça do camarão poderá ser o início dos problemas, segundo o El Mundo. O aviso foi feito em 2011 pela Agência Espanhola de Nutrição e Segurança Alimentar (AENSA), mas o alerta continua válido e voltou a circular este ano nas redes sociais do país vizinho, sendo reforçado por especialistas.

A agência começa por explicar que é no marisco que estão a maioria dos problemas devido ao nível de cádmio presente no marisco que pode acarretar complicações para os rins. Este metal pesado está presente nos camarões, lagostins e no corpo de alguns crustáceos como a sapateira. Mas consumido com moderação, estas partes podem ser comidas sem problemas.

São várias as consequências ao ingerir estes alimentos de forma excessiva, primeiramente o cádmio acumula-se nos rins e no fígado, e em último caso poderá levar ao aparecimento de doenças como a insuficiência renal, problemas ósseos ou até cancro.

Segundo a especialista em nutrição, Beatriz Robles, “o recomendável é não comer a cabeça dos camarões nem o corpo dos caranguejos, enquanto que as pernas no caso dos caranguejos e o corpo no caso dos camarões se podem consumir, porque a quantidade de cádmio presente não é elevado, não representado qualquer perigo para o corpo humano”.

Outras combinações que podem levar a problemas durante a noite de natal são o álcool e o tabaco, ambas com efeitos prejudiciais para a saúde, especialmente se misturadas com uma alimentação desequilibrada e excessiva.

Por fim, outro problema invisível que estará com toda a certeza presente na mesa de muitas pessoas em Portugal e no mundo, é a acrilamida, substância presente no café, pão, batatas fritas ou até nos cereais de pequeno almoço. Esta neurotoxina resulta da reação entre os açúcares redutores e as proteínas dos alimentos, causada pelo calor a que estes últimos são cozinhados ou processados. Foi considerada cancerígena.

Tudo isto combinado com o sedentarismo, clássico da época de Natal, que poderá vir a ter implicações na saúde a médio e longo prazo, com os especialistas a recomendarem moderação e exercício físico tanto quanto possível.

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