[weglot_switcher]

Medidas de restrição levam Bruxelas a projetar retoma mais lenta na zona euro, com previsão de 3,8%

A Comissão Europeia projeta que a economia da zona euro irá crescer 3,8% este ano e em 2022, enquanto na média da União Europeia a expansão projetada é de 3,7% este ano e 3,9% em 2022.
11 Fevereiro 2021, 10h00

“Um inverno desafiante, mas há luz ao fundo do túnel”. É desta forma que Bruxelas encara as perspectivas de crescimento mais fraco para a zona euro e para a União Europeia. Com diversas medidas de restrição a serem implementadas em vários países da moeda única, o executivo comunitário projeta agora um crescimento da zona euro de 3,8% este ano, menos 0,4 p.p. do que em novembro.

Nas projeções de inverno publicadas esta quinta-feira, a Comissão Europeia projeta que a economia da zona euro irá crescer 3,8% este ano e em 2022, enquanto na média da União Europeia a expansão projetada é de 3,7% este ano e 3,9% em 2022. Ainda assim, espera que as economias da zona euro e da União Europeia atinjam os níveis de produção pré-crise mais cedo que o antecipado nas projeções de outono, “em grande parte devido ao impulso de crescimento mais forte do que o esperado projectado no segundo semestre de 2021 e em 2022”.

“Após forte crescimento no terceiro trimestre de 2020, a atividade económica contraiu novamente no quarto trimestre, uma vez que uma segunda onda da pandemia desencadeou novas medidas de contenção. Com essas medidas ainda em vigor, espera-se que as economias da União Europeia e da zona euro contraiam no primeiro trimestre de 2021”, referem os técnicos da Comissão.

O aumento das infeções desde o outono, associado ao aparecimento de novas variantes mais contagiosas do coronavírus, forçaram muitos Estados-membros a reintroduzir ou aumentar as medidas de contenção, como foi o caso de Portugal, levando a um primeiro trimestre mais fraco.

Contudo, o crescimento económico deve ser retomado na primavera e ganhar impulso no verão, à medida que os programas de vacinação progridem e as medidas de contenção diminuem gradualmente, apoiado também numa melhoria esperada da economia global também deverá apoiar a recuperação.

“O impacto económico da pandemia continua a ser desigual nos Estados-membros e também se prevê que a velocidade da recuperação varie significativamente”, ressalva.

Entre as principais economias europeias, o executivo comunitário cortou as perspetivas para o crescimento do PIB alemão para 3,2% este ano, menos 0,3 p.p. do que nas previsões de outono, vendo a economia italiana a expandir 3,4% e a economia francesa 5,5%.

Bruxelas assinala ainda que os riscos em torno das projeções estão mais “equilibrados” desde o outono, ainda que continuem “elevados”, estando principalmente relacionados com a evolução da pandemia e o sucesso das campanhas de vacinação.

(Atualizado às 10h15)

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.