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“Por muito sedutoras que sejam”, Rebelo de Sousa está indisponível para crises políticas

O Presidente da República não entra em jogos políticos alavancados pela pandemia. E deixa a promessa de que que “os responsáveis pelos favoritismos nas vacinas vão ser exemplarmente punidos”.
  • Rui Ochoa / Presidência da República / Lusa
11 Fevereiro 2021, 20h20

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse ao início desta noite que a crise pandémica não será o cenário para o desenvolvimento de crises políticas – que considera em qualquer circunstância artificial. “O meu dever é apoiar os que sofrem sem crises políticas e sem cenários de governos de salvação nacional”, afirmou.

Como já antes, em circunstâncias diversas – mas sempre com o cenário da pandemia como fundo, Rebelo de Sousa frizou que não se deve contar com crises “por mais sedutoras que sejam”, e que tudo fará para manter a estabilidade política. O Presidente recusou qualquer cenário de eleições eleitorais antecipadas no verão – e insistiu para que a legislatura deve chegar ao seu termo, como forma de não agravar a crise económica e social que decorre da emergência sanitária.

Sobre esta questão, Marcelo Rebelo de Sousa deixou bem claro que o confinamento, mesmo que observado de 15 em 15 dias, será para manter ao longo do mês de março. “Temos de sair da primavera sem mais um verão e um outono ameaçados”.  E realçou que “a Páscoa não será causa de mais um regresso ao que passámos esta semana”. Para Rebelo de Sousa, a próxima quadra festiva não pode ser uma repetição do que sucedeu no Natal – altura em que todo o poder político, Presidência incluída – aceitou a afrouxamento das regras sanitárias que resultaram no estado a que a pandemia chegou a partir de janeiro.

O presidente frisou que em nenhuma circunstância se pode pensar no relaxamento do quadro do atual confinamento enquanto os valores diários de infeção e de mortes não forem reduzidos, no mínimo, em 75%.

“Temos que manter o estado de emergência por mais 15 dias e março fora pelo mesmo caminho”, salientou, depois de ter afirmado que “mais testes e mais vacinação” terão de ser possíveis. Marcelo disse ainda que “os portugueses compreenderam que há atrasos na produção e fornecimento de vacinas”, mas deixou a certeza de que “os responsáveis pelos favoritismos nas vacinas vão ser exemplarmente punidos”.

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