Voltem! Temos milhões à vossa espera

É improvável? É! Mas é tão impensável como era um acordo à esquerda antes das últimas Legislativas. E foi o arquiteto desta solução, o benfiquista e atual primeiro-ministro, quem deu o mote. “Até tinha uma excelente sugestão”, disse com um sorriso António Costa em reação à saída do Special One do Chelsea e numa tímida mas sugestiva alusão a uma possível substituição de Rui Vitória no comando técnico dos encarnados. E se a este comentário se juntar os milhões dos direitos de transmissão televisiva vindos dos grandes operadores de telecomunicações, poderemos ter um verão quente em 2016. Na última entrevista de 2015 ao jornal A Bola, Luís Filipe Vieira não se coibiu a comentar esta possibilidade. “É o melhor treinador português, um dos melhores do Mundo e não vai ser pelo que sucedeu no Chelsea que o vai deixar de ser”, contou Vieira nesta entrevista ao diário desportivo”. Para o presidente das águias, Mourinho adquiriu um estatuto tal que um possível regresso a Portugal apenas dependerá do ex-blue. José Mourinho, o treinador mais bem pago do mundo em 2015, com uma verba de 18 milhões de euros por época, tem contas para saldar em Portugal e mais concretamente na Luz, onde passou de forma breve mas com enorme impacto: “O Benfica não estava pronto para mim”, escreveu o Special One numa autobiografia de 2015.

André e a “cadeira de sonho”
“Tenho de regressar a Portugal com a minha família e, por isso, decidi que não iria renovar”. Em setembro do ano passado, André Villas-Boas anunciou não só que não iria renovar com o Zenit como iria regressar a Portugal. Com Lopetegui a meter água por todos os lados e os adeptos à beira de um ataque de nervos, o retomar da “cadeira de sonho” por parte de Villas-Boas parece depender apenas do jovem técnico e da sua vontade em baixar um pouco o salário que aufere atualmente na Rússia: 8,5 milhões de euros por ano (oitavo treinador mais bem pago do mundo). Aliás, desde a passagem meteórica (quatro títulos numa só época) de André Villas-Boas pelos dragões que o FC Porto não tem um treinador que convença as exigentes bancadas do dragão: Vítor Pereira foi campeão duas vezes mas não agradava aos adeptos, Paulo Fonseca não teve tempo nem meios para vencer qualquer título e Julen Lopetegui, apesar de ter tudo aquilo que sempre quis (provavelmente, algo que nunca nenhum técnico teve no FC Porto, nem mesmo Mourinho ou Villas-Boas), vai pelo mesmo caminho. E, no Dragão, três épocas sem ganhar qualquer competição é uma eternidade que não se tolera por estas bandas. Assim, o técnico que já caracterizou o banco dos dragões como “a cadeira de sonho” pode tornar-se regressar ao FC Porto e cumprir um velho sonho de presidente, sócios e adeptos.

MEO e NOS entram em campo
Se o fim dos fundos preconizava tempos difíceis para o futebol português, a MEO e a NOS deram um pontapé na crise e dotaram os “três grandes” de meios inimagináveis no início desta época. Os milhões que serão injetados podem claramente mudar o paradigma na Luz e reforçar a tendência de investimento no Dragão. Só com essa mudança de política será possível atrair os dois melhores treinadores portugueses da atualidade para cá. Para Mourinho e Villas-Boas, ser campeão em Portugal é importante mas a visibilidade internacional, sobretudo na Liga dos Campeões, é primordial para se manterem nos holofotes das Ligas europeias mais competitivas.

Por José Carlos Lourinho/OJE

O OJE lançou o desafio ao mercado e quase três dezenas de gestores responderam ao desafio.

Tome nota do que pensam sobre o crescimento e o emprego:

http://www.oje.pt/desafios-2016-create-it-oportunidades-para-quem-exporta/

http://www.oje.pt/desafios-2016-grupo-patris-e-real-vida-atencao-ao-contagio/

http://www.oje.pt/desafios-2016-stanton-chase-mais-marca-portugal/

http://www.oje.pt/desafios-2016-quintela-e-penalva-politica-continuada-de-recrutamento/

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